quarta-feira, 9 de abril de 2025 0 comments

 

Neste mesmo ano, no dia vinte e quatro do nono mês, o Senhor falou de novo com o profeta Ageu. O Senhor Todo-Poderoso disse: Vá falar com os sacerdotes e peça a opinião deles a respeito da seguinte questão: Suponham que alguém esteja levando na dobra da sua capa um pedaço da carne que foi oferecida em sacrifício a Deus. Então, se a capa tocar num pão, ou num cozido, ou em vinho, ou em azeite, ou em qualquer outra comida, isso quer dizer que estas coisas também ficarão puras? Ageu fez a pergunta, e os sacerdotes disseram que não. Aí Ageu perguntou aos sacerdotes: E, se alguém ficou impuro por ter tocado num defunto e depois tocar em qualquer uma daquelas comidas, isso quer dizer que elas também ficam impuras?  Os sacerdotes responderam: Sim! Elas ficam impuras. Então Ageu disse: O Senhor diz que é exatamente isso o que acontece com esse povo. Para Deus, são impuros todo o povo deste país, tudo o que eles fazem e todos os sacrifícios que são oferecidos no altar. O Senhor Deus diz:  Pensem bem em tudo o que aconteceu desde aquele dia. Antes de vocês terem começado a construção do Templo, o que é que acontecia? Se alguém ia até um depósito procurando duzentos quilos de trigo, encontrava só cem quilos; se fosse até o lugar onde se faz vinho querendo cem litros, encontrava somente quarenta. Eu os castiguei com ventos muito quentes, com pragas nas plantas e com chuvas de pedra e assim destruí todas as suas plantações; mas mesmo assim vocês não voltaram para mim. Hoje mesmo, no dia vinte e quatro do nono mês, vocês acabaram de construir o alicerce do Templo. E vejam bem o que vai acontecer daqui em diante. Mesmo que agora não haja trigo nos depósitos, mesmo que as parreiras, as figueiras, as romãzeiras e as oliveiras não tenham produzido nada, de hoje em diante eu os abençoarei. Ageu 2.10-19 NTLH

As partes finais do livro do profeta Ageu, são quase que um resumo de tudo aquilo que já fora tratado nos capítulos anteriores. Esta longa passagem que lemos aqui tem uma relação direta com aquilo que já refletimos no capítulo anterior, segundo o qual aquilo que acontece conosco neste mundo tem relação direta com o nosso relacionamento com Deus. Sabemos que o problema que motivou a ação de Deus por meio do profeta Ageu estava intimamente relacionado à falta de consideração do povo judeu na adoração a Deus. Essa falta de consideração, por sua vez, era a causa das dificuldades nas colheitas e na consequente escassez de alimentos.

            Não obstante, o profeta continua falando em nome de Deus ao povo. E ele agora faz uso de duas indagações que tinham como objetivo mostrar os erros do povo em relação à adoração. Ele usa duas prescrições da lei mosaica sobre o que é santificado e o que é contaminado. O que é santificado nem sempre é um agente de santificação, mas o que está contaminado, contamina o que está ao seu redor.

Isto nos mostra uma lição importante: Muitas vezes também somos assim. Estamos na casa de Deus, fazemos aquilo que é correto, mas não transmitimos para outras pessoas aquilo que temos de melhor. Somos omissos no compartilhamento do bem.

Mas o contrário é bem diferente. A lei dizia que se alguém tocasse em um cadáver estaria impuro e tudo o que tocasse essa pessoa também ficaria impuro. Isso nos dá uma ideia da velocidade de propagação do mal em relação à prática do bem. Esta passagem explica muita coisa sobre o porquê de muitas vezes sermos tão velozes na prática daquilo que é mal e tão lenientes em relação à comunicação do Evangelho de Cristo. A verdade é que tendemos para o mal, que pode muito bem ser representado aqui pelo “cadáver,” e tocamos, a partir dele, em todas as áreas da nossa vida contaminando-a com a nossa visão de mundo igualmente má.

Esse era o problema do povo. O mal os contaminou por completo e, por isso, eles estavam nos pecados da omissão e da negligência para com aquilo que pertencia ao Senhor; A casa de Deus não havia terminado, a benção do Senhor não estava estabelecida e o resultado era a pobreza física, social e, sobretudo, espiritual.

Porém, Deus promete abençoar o seu povo que agora tinha uma nova disposição. Aprendemos mais uma lição sobre a fidelidade de Deus: quando o povo confessa e deixa os seus pecados eles estão prontos novamente para uma nova jornada de fé. Eles agora tinham poucos recursos e o que tinham estava comprometido com a plantação da nova safra, mas o Senhor promete que nada lhes iria faltar. O principal estava garantido e não era o alimento, mas a fidelidade com as coisas do Senhor.

Uma última lição podemos extrair aqui. Você segue fiel a Deus, mesmo na escassez? Certamente aquele povo tinha uma expectativa diferente, mesmo quando tudo o que viam era ainda a falta. Confiemos na bondade e na promessa de Deus em nossa vida.    

sexta-feira, 4 de abril de 2025 0 comments

 

Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações, e virá o Desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos. Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos. Ageu 2.6-9 ARC

Após o Senhor, por meio do profeta Ageu, falar ao coração de Zorobabel e o encorajar a deixar o sentimento de rejeição por causa de alguns do povo evocarem as glórias do passado como se o tempo em que vivessem fosse de decadência e vergonha, encorajando-o a prosseguir. O Senhor agora aponta para o futuro, indicando ser Ele o Senhor do tempo e que é somente nele que, tanto aquele povo, como nós hoje teremos a vitória.

E o Senhor mostra isso indicando a Zorobabel o que iria acontecer naquela casa, que agora parecia ser tão desprezada, e para isso Ele revela que uma profecia messiânica sobre aquele templo. Aquela estrutura seria testemunha do Messias. Assim, de forma alguma aquele lugar seria um lugar inferior, pois a glória de Deus estaria nele. Lembremos que quando Salomão construiu o templo, com toda a sua opulência, a glória do Senhor se fez presente. A promessa de Deus seria é ainda muito mais superior no segundo templo.

O texto nos mostra que aquele templo testemunharia de um momento único na história, em que o próprio Deus, na pessoa de seu Filho, entraria nele. O Acontecimento da vinda do Desejado de todas as nações, faria a eternidade e o tempo em que vivemos unir-se em plenitude. Esse acontecimento mudaria nosso Planeta para sempre. Todas as nações e toda a criação seriam alcançadas pela promessa de Deus com a vinda de Cristo e sua presença seria a verdadeira glória de toda aquela estrutura.

Assim, ao invés do povo ficarem presos às glórias do passado, eles deveriam concentrar todos os seus sentimentos e esperanças no presente e no futuro glorioso que lhes reservava o Senhor. Da mesma forma, aprendemos que ser cristão é estar com os nossos olhos e corações fixados nas promessas de Deus e naquilo que o Senhor certamente já cumpriu na Pessoa e obra de Cristo. Ele é a verdadeira expressão da glória de Deus e do ser de Deus. Ele é a verdadeira glória do seu povo.

Por conseguinte, Zorobabel não precisaria ficar intimidado ou constrangido por não entregar ao povo um templo glorioso como Salomão entregara. A Bíblia nos informa que a primeira casa era forrada e adornada de ouro e prata, pedras preciosas e linho finíssimo, e o Senhor diz a Zorobabel que todas as coisas que existem no mundo são Dele. E no novo templo, a presença física do próprio Deus, na pessoa do Filho, estaria na segunda casa, naquela mesmo preparada por Zorobabel.

Aprendemos aqui uma lição importante presente em todo o livro. Quando dedicamos a nossa vida e nossas obras ao Senhor, ele nos honra ainda que o que façamos pareça pouco e sem valor. Salomão construiu um imponente e opulento prédio que fora aprovado por Deus, mas foi destruído por conta do desprezo que aquela geração tivera com o Senhor. Assim, a coisa mais importante é a dedicação e devoção à Deus e esta se mostrará por meio das nossas atitudes.

A glória daquela última casa seria maior do que a da primeira, isto é, aquela casa receberia o Messias em pessoa. Do ponto de vista histórico era esse o sentido da profecia, mas ainda do ponto de vista espiritual seria muito mais profundo. A glória do povo de Deus é o próprio Senhor! Assim, como bem nos ensinou o Apóstolo Paulo, em I Co 3.9, somos em Cristo o edifício de Deus. A segunda casa, nesse sentido, é a igreja, edificada pelo próprio Senhor.

E é neste lugar, na Igreja redimida pelo Senhor, que a paz é estabelecida de uma vez e para sempre. Aquele templo edificado por Zorobabel passou por muitos momentos turbulentos na história, mais tarde foi ampliado por Herodes, assim chamado de O grande, mas foi totalmente destruído em 70 d.C., restando apenas um muro que existe até os dias atuais. Mas a igreja, corpo vivo de Cristo e edifício de Deus permanece para sempre e aqueles que confiam no sacrifício de Cristo, o Messias prometido, vivem em paz com Deus.

Você faz parte desta segunda casa? A casa edificada por meio do sacrifício único de Cristo uma vez e para sempre. Ele estabeleceu a paz e a igreja celebra esta paz. A paz da segunda casa.    

 
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