Cada um luta com as armas que têm!
Dia desses li uma frase que me chamou muito a atenção: “cada um luta com as armas que têm.” Pois bem, comecei a viajar por essa frase pensando quais seriam as armas que cada um de nós teria para lutar por aquilo que desejamos e qual seria o perfil da individualidade daquele que usasse as tais armas.
Em primeiro lugar a frase expressa “cada um luta”, ou seja, um indivíduo único com suas armas. Não são vários indivíduos com a mesma arma, mas sim, um único indivíduo com diversas armas. Para ser ter as armas singulares, é preciso que o individuo com tal, seja também singular. As armas dele não podem ser usadas plenamente por outra pessoa. É isso que faz a grande diversidade do mundo, pois, as minhas armas são bem diferentes das armas dos outros; estão “sob medida”, destinadas a mim em sua forma mais profunda e substancial. Estão fundadas no mais profundo da minha existência.
Por esta razão, não devo forçar outras pessoas a “lutar” da mesma maneira que luto, nem com a forma com que luto. Cada um sabe de sua própria luta, pois ela começa a ser travada no interior e se consuma naquilo que é externo. Só quem começou a luta poderá saber o contexto dela, e ai está a grande razão de que não posso lutar com as armas dos outros. A luta é só minha com as minhas próprias armas.
Conhecendo o tipo de arma que o indivíduo usa para suas manifestações, palavras e vontades, saberemos que construção foi feita em sua vida. Pois o que é expresso no exterior nada mais é do que o reflexo do que tem se passado no coração. É aquela velha máxima: “A boca fala o que o coração está cheio”, ou nas palavras de Jesus: “É do coração que procede todas das saídas da vida”, e isso nos leva a segunda parte da frase que estamos refletindo: “com as armas que tem”. Que todos nós temos armas isso é inevitável. Todos as temos não porque desejamos, mas porque faz parte da nossa própria natureza e construção de vida. A questão é: quais são as minhas armas e o que tenho feito com elas? Alguns têm ao seu próprio modo a arma da intelectualidade, outros da perseverança, outros do trabalho fiel, outros até mesmo têm a arma do silêncio, mas como escrevi há pouco, todos têm as suas armas próprias.
Aqueles, porém, que são mal “construídos” em suas singularidades têm as armas da violência, da inveja, da competitividade exagerada, não são armas para vencer, mas sim, armas de destruição em massa, pois quem construiu a torre da sua existência sob esses fundamentos tem armas que ofendem e violentam o direito dos outros de ser quem são. Portanto são armas letais. Porém, quem constrói a torre de sua existência com dignidade pensando no direito alheio, sem dúvida usará as armas certas para o bem de todos.
Mas há ainda uma arma que é a mais importante de todas. Quem usa essa arma sempre está livre, é respeitado por todos e os que vivem perto de quem tem essa arma sabe que estão protegidos sempre. É a arma do perdão! Quem usa essa arma nunca está sozinho e a tem para seu próprio equilíbrio e equilíbrio dos outros
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
Os discípulos foram acordá-lo, clamando: “Mestre,
Mestre, vamos morrer!” Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das
águas; tudo se acalmou e ficou tranquilo. “Onde está a sua fé?”, perguntou ele
aos seus discípulos.
Lucas 8.24-25NVI
Esse texto narra uma história interessante. Os discípulos
estavam em um barco com Jesus. Jesus estava dormindo, quando de súbito, uma
grande tempestade os afligiu. Os discípulos ficaram aterrorizados com o poder
da tempestade e sentiram grande medo de morrer. Assim, acordaram Jesus para informar-lhe
o que estava acontecendo. Jesus repreende o vento e a violência das águas e
tudo se fez bonança. Por último, vemos Jesus repreender os discípulos pela
falta de fé que eles tiveram.
Existem pessoas que são como os discípulos. Informam a
Jesus as suas dificuldades, mas não creem que Jesus pode realizar o milagre na
vida. São assim porque não compreende que a própria presença de Jesus é a
segurança em meio à crise. Sua presença é não é a garantia de que não teremos
dificuldades, mas é a segurança de que Ele nos fará passar da tempestade e nos transportar
seguros ao nosso destino. Desafio você, não a pedir somente o milagre de
acalmar a tempestade da sua vida, mas sim, pedir a presença Dele em “seu barco”.
Isso trará paz e segurança, pois nenhum vento poderá tirar o bem mais precioso
do Universo. A presença e a paz de Jesus.
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja
Batista em Travessão da Barra
O Senhor conceda misericórdia à
casa de Onesíforo, porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por
eu estar preso; ao
contrário, quando chegou a Roma, procurou-me diligentemente até me encontrar.
II Timóteo 2.16-17 NVI
Existem certos amigos que fazem toda a
diferença em nossas vidas. Pessoas que em momentos únicos de dificuldades nos
acolhem sem ter vergonha de serem nossos amigos. Mostram que estão ao nosso
lado independente do que os outros pensam de nós. Às vezes, nem concordam com
os nosso posicionamento e atitude, mas mesmo assim não se envergonha de nós. Amigos
assim são imprescindíveis, pois nos encorajam a seguir em frente, e
implicitamente sente a vergonha que sentimos e experimentam as dores que
estamos experimentando.
Paulo sentiu-se assim. Preso e com um
sentimento enorme de constrangimento, não por ter feito nada de errado, mas sim
por causa do Evangelho de Cristo. No entanto, mesmo com essa situação tão difícil,
ele teve um amigo que não se envergonhou dele, não quis estar dissociado de
Paulo. Ao contrário, naquele momento de dor e solidão recebeu a corajem necessária
para continuar seguindo e trilhando no caminho do Senhor. Pessoas assim fazem
toda a diferença na vida da gente. Onesíforo era o tipo de pessoa que Paulo
precisava. Existe um amigo que não se envergonharia de você independente das
circunstâncias em que você estivesse vivendo?
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em
Travessão da Barra
Ainda que eu dê aos pobres tudo o
que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada
disso me valerá.
I Coríntios 13.3 NVI
Existem resultados no amor que transcende todas as ações
humanas. Mas de todos os resultados que o verdadeiro amor produz, penso que o
mais importante é a liberdade. A liberdade traz leveza no ser, não causa
inveja, aprisionamento nem possessão. A liberdade faz com que minhas ações
mostrem se verdadeiramente amo ou se só pratiquei determinada ação no intuito
de aprisionar ainda mais a pessoa. O caso do texto bíblico acima exposto pode
exemplificar isso. Ele aduz: “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que
possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso
me valerá.” Pode se ter um determinado momento na vida em que as ações sacrificais
de uma pessoa não são motivadas unicamente pelo amor e liberdade de outra
pessoa. Mas para causar dependência constrangimento e prisão do próximo.
Assim ainda que eu faça coisas extremas como queimar meu
corpo por alguém, ou dê tudo o que possuo e conquistei com suor e sacrifício,
mas se, no entanto, o fiz para alimentar minha vaidade e minha presunção de ser
bom, de absolutamente nada valerá para o meu relacionamento com Deus. Mas se,
ao contrário, entendo que minha vida é do Senhor e tenho o dever de amar a
todas as pessoas como Deus as ama e as quer ver livres, estarei sempre em paz e
livre. Acredito que consiste o verdadeiro amor. Ele deve ter sempre como
resultado a liberdade.
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em
Travessão da Barra
Sou protestante!!!
Sou
protestante. E isso não tem absolutamente nada a ver com a esmagadora maioria
dos “tele pregadores” do nosso tempo que invadem nossas casas e igrejas
supostamente trazendo uma revelação nova, mas que não tem nenhuma relação ao
protestantismo puro, clássico e simples. Aliás, o protestantismo produziu
mentes iluminadas como Kant, Hegel, Kierkegaard, Nietzsche,
Bach e tantos outros que com simplicidade, mostraram que o cristianismo é
vivência e que se concentra principalmente em ser luz e sal do mundo, não se
apegando a rituais que em si mesmo são mortos, mas principalmente abraçando o
dever cristão como algo principal na vida daquele que professa o Senhorio de
Cristo.
Assim, ser
protestante é protestar contra a injustiça. É estar ciente de seu papel de
cidadão e não ficar a espreita de uma “boquinha” nos órgãos públicos e ser
subservientes com as imoralidades praticadas pelos governantes ímpios e sem temor do Senhor. É votar consciente em
candidatos que vão viabilizar o cumprimento dos meus deveres, criando leis
justas para que não seja capaz de se ver um cristão burlar a lei para tentar
sobreviver nesse mundo. É orar pelos governantes, mas não depender deles de
maneira indigna. É estar sempre pronto a fazer algo de útil para que a
sociedade cresça com o trabalho digno e sem viver às custas do erário público.
Ser
protestante, é protestar contra a exploração religiosa. É não viver movido a
superstições e crendices que, na verdade, são as armas dos exploradores da religião
no intuito de manter dependência de seus fiéis. É protestar contra as
“toalhinhas” ungidas, falsas espiritualidades, rituais de culto espiritualistas
mas que não produzirão o sentimento de ser diferente do mundo ímpio ao redor.
Ser protestante é valorizar as Escrituras, a pregação que denuncia o pecado e
pacifica a alma e não estar disposto a satisfazer o ego que um povo mimado a
procura de bênçãos materiais. É ter horror da tal “teologia da prosperidade”
mas estar consciente de que o povo só será próspero por meio do trabalho digno.
Pois: “Do suor do seu rosto comerás o teu
pão”. É reconhecer o direito de primogenitura de Cristo e de sua Obra
Salvadora, sendo o Único mediador entre Deus e o homem, não sendo necessário a
intermediação de absolutamente nenhuma “pessoa ungida” para me aproximar de
Deus. Mas sim, ter Jesus como amigo e Salvador pessoal que nos leva a Deus.
Ser
protestante é protestar contra a espoliação do povo. É protestar contra a
“indústria da ignorância” que prende o pobre e necessitado a uma sentença de
escuridão sem fim, sem direito a uma educação de qualidade, retendo informações
para fins eleitorais e explorando as pessoas com informações falsas. É protestar
contra o mau ensino de um povo que, na maioria das vezes, são a causa das superstições e crendices. É
protestar contra o assédio moral, contra
as absurdidades que a falta de conhecimento pode conceber no coração de uma
pessoa.
Enfim, ser
protestante é voltar aos princípios de Jesus e desejar, ainda que
conscientemente com limitações, seguí-los sem propaganda falsa e alardes de
farisaísmo religioso. É viver a vida consciente de suas vicissitudes, mas sem
buscar fórmulas mágicas para anestesiar-se dos problemas, mas ser maduro o
suficiente para vencer o mundo. Assim, se você que leu isso e identificou-se
com os preceitos aqui estabelecidos você pode até não saber, mas, no fundo,
você é protestante também.
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
Por isso, pela graça que me foi
dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do
que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a
medida da fé que Deus lhe concedeu.
Romanos 12.3 NVI
Existem certas coisas nos relacionamentos que
impedem um fluxo maior de compartilhamento de amizades. Uma delas é quando a
pessoa tem um conceito mais elevado de si mesmo em relação às outras pessoas. Acham
que suas opiniões são as melhores, seu gosto é o mais apurado e sua vida é mais
interessante. Isso é ter um conceito mais elevado de si mesmo. Paulo orienta os
cristãos de Roma a não se acharem superiores aos outros em absolutamente nada,
mas sim ter um conceito equilibrado de si mesmo. O que seria ter esse conceito
equilibrado?
Jesus nos deu um grande ensinamento quando
expressou: “ame ao teu próximo como a ti
mesmo” isso é um conceito altamente equilibrado. Devo amar ao meu próximo
como a mim mesmo. Nem mais, pois isso seria doentio e nem menos, pois isso
seria egoísmo. Mas sim, amar o meu próximo igualmente amo e defendo a mim. Quando
tenho conceitos equilibrados da vida e dos relacionamentos, a verdadeira fé se
mostra. Uma fé equilibrada que vê no outro semelhante o merecimento de todo o
meu respeito. Conceitos equilibrados, vida equilibrada, fé equilibrada. Essa é
uma boa receita para uma vida de contentamento e esperança.
Pr.
Alonso Júnior
Primeira
Igreja Batista em Travessão da Barra
Quem fica observando o vento não
plantará, e quem fica olhando para as nuvens não colherá. Eclesiastes 11.4 NVI
É uma triste constatação. Pessoas que tem
preguiça de trabalhar e empreender e que depois ficam culpando a si e aos
outros pelas dificuldades que a vida apresenta. E ver pessoas assim não é raro!
É muito mais comum do que nós imaginamos. A frustração de olhar o vento, ou
seja, de só ver as dificuldades que os desafios apresentam e a inércia que
ficar observando as nuvens sem se mover em direção ao objetivo causam pessoas
frustradas em suas existências. O ser humano precisa de sentimento de
satisfação pessoal e quando ele se atém as dificuldades e preguiças da vida,
esse anseio se transforma em frustração.
O autor do Eclesiastes teve muita sabedoria e
profundidade, dada por Deus, é claro, para observar e nos advertir contra a
possibilidade das frustrações. Se você tem um sonho, uma meta a alcançar, vá a
busca disso! pois se ficar vendo somente as dificuldade “eólicas” jamais o
alcançará e se você achar que sonhar apenas, ficar com a cabeça nas nuvens,
olhando e contemplando o céu sem buscar diligentemente o que deseja, jamais
colherá. Deseje coisas boas. Plante coisas boas. Que certamente, no tempo certo,
colheremos.
Pr.
Alonso Júnior
Primeira
Igreja Batista em Travessão da Barra.
Então o SENHOR indignou-se muito contra
Israel e os expulsou da sua presença. Só a tribo de Judá escapou, mas nem ela
obedeceu aos mandamentos do SENHOR, o seu Deus. Seguiram os costumes que Israel
havia introduzido. Por isso o SENHOR rejeitou todo o povo de Israel; ele o
afligiu e o entregou nas mãos de saqueadores, até expulsá-lo da sua presença.
II Reis 17.18-20 NVI
Muitas vezes ficamos indagando o porquê de algumas
pessoas viverem uma vida de caos, desorganizados administrativamente, emocionalmente
entre outras áreas dos relacionamentos humanos, mas que na realidade o que
acontece são essas pessoas tomaram um rumo e um caminho na existência em que só
conseguem viver assim sem poder tomar nenhuma decisão diferente, pois já foram
tomadas de mentiras de tal forma, que somente mudando totalmente as ações e
dentro de certo tempo terão condições de terem credibilidade novamente.
Vejam o caso do texto bíblico acima exposto. O resultado
deliberado de não obedecer à voz de Deus e de seguir seus próprios caminhos
tortuosos fizeram que Israel e Judá pagassem o preço de suas decisões. Diz o
texto que “ele os afligiu e os entregou
nas mãos de saqueadores” a aflição da existência os “roubos” de nossa
dignidade só acontecem porque deixamos o temor do Senhor e seguimos os nossos próprios
conhecimentos. Conhecimento sem Deus é um caminho certo para a autodestruição.
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja
Batista em Travessão da Barra
Pois não temos um sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por
todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hebreus 4.15 NVI
Vendo os relatos sobre a vida de Jesus nos inúmeros
documentários que são apresentados, faço sempre a mesma pergunta: Será que
realmente a pessoa que produziu esse documentário se interessou em saber
realmente quem foi Jesus e o princípio fundamental de sua missão aqui na terra?
Porque muitas vezes as pessoas se interessam em saber quem é Jesus, mas
começando pelo jeito errado. Quando isso acontece, geralmente as perspectivas
acerca da vida de Jesus se tornam obscuras e distorcidas à luz daquilo que é
expresso nos Evangelhos.
É bem verdade que Cristo se encarnou, sua vida e historicidade
podem ser comprovadas, no entanto, a principal missão de Jesus foi mostrar a
todos nós que a pureza é possível, que a luta contra o mal não é um caso
perdido, mas que a maldade pode ser aniquilada com a prática do bem e que o
império das travas nem sempre triufa. Isso foi comprovado consumadamente na
cruz. Cristo é o segundo Adão, O representante da raça humana, que passou por
todas as limitações e vicissitudes da existência, contudo sem cometer pecado.
Desafio você a buscar ser como Jesus. Ele é o nosso modelo a ser seguido.
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja
Batista em Travessão da Barra
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