sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A verdadeira pobreza...

“Mas um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: ‘Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários’. Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado.  Respondeu Jesus: ‘Deixe-a em paz; que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão’”. João 12.4-8NVI


Fico observando o quanto o tema dos “pobres” hoje em dia está em discussão. Em todos os meios sociais que frequento o tema do cuidado com os necessitados é a pauta do dia. Alegamos que durante muito tempo a igreja só se preocupou com o estado espiritual do ser humano e que o cuidado social ficou para trás. Apesar de considerar isso uma “meia verdade” não desejo falar sobre isso agora, mas sim o que muitas vezes está por trás dessa horda de defensores dos fracos e oprimidos.

O texto mostra aqui que um homem critica uma mulher por uma extravagância financeira ao derramar perfume sobre os pés de Jesus. Ele demonstra que era um absurdo, um despropósito, um desserviço ao ensino do Mestre derramar um perfume tão caro nos pés de Jesus, e usa os pobres como pretexto. Ele não demonstrou seu verdadeiro motivo, mas se arvorou em ideais nobres, como defender os fracos, para camuflar-se diante da sociedade.

Sempre haverá aqueles que “defenderão” os pobres para camuflar seu coração perverso e egoísta. Os necessitados serão sempre “moeda de troca” para muitos enganadores. Muitos “defenderão” os pobres para se perpetuarem na riqueza e no poder, outros os “defenderão” para escaparem do julgamento de terceiros, e haverá ainda outros que gritarão para defender o necessitado, mas que, na verdade, ocultam sua verdadeira face rapinante de espoliar o próximo a que tanto defende assim como Judas.

Devemos ver essa questão sempre com os olhos de Jesus. Ele não enxergava que a verdadeira pobreza era simplesmente social. Certa vez ele disse que a riqueza do homem não consiste em sua abundância de bens (Lc 12.8). A verdadeira pobreza está na alma e foi para isso que Cristo morreu, para nos tornar ricos. E uma vez ricos de alma podemos todas as coisas ainda que falte pão. Os ricos de alma estão prontos para repartir, os pobres de alma estão sempre prontos para ofender...

Pr. Alonso Júnior

Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra 

0 comentários:

Postar um comentário

 
;