segunda-feira, 9 de julho de 2012 0 comments

Quando tudo estiver indo bem com você, lembre-se de mim e seja bondoso comigo; fale de mim ao faraó e tire-me desta prisão.

Gênesis 40.14 NVI 

Entre tantas coisas que se falam sobre amizade, desejo partilhar com você sobre dois tipos de amigos. Os oportunistas e os oportunos. Sim, existem pessoas que se aproximam de nós com a intenção de tirar proveito de alguma situação. Já para outras, o grande proveito é estar em nossa companhia e nós, na dele. E esses são os oportunos.

Para falar desses dois tipos de amigos, primeiro preciso falar sobre o contexto acima. Na Bíblia houve um homem chamado José, que tinha um enorme caráter, a despeito da inveja de seus irmãos que o venderam como escravo para o Egito. Lá, ele começou a trabalhar como servo do capitão da guarda do faraó e logo se tornou administrador da casa. Porém a mulher desse capitão o assediou para ter relações sexuais com ele. José, pelo seu caráter, não caiu nos encantos da mulher e esta o acusou de tentativa de estupro sendo mandado à prisão. Um dia José encontrou com o copeiro de faraó, que também estava preso, e este teve um sonho que foi interpretado por José, que, por sua vez, disse ao copeiro essas palavras acima mencionadas. O texto prossegue dizendo que dois anos depois o próprio faraó teve um sonho e o copeiro, arrependido do esquecimento, lembrou-se de José e mandou chamá-lo. José interpreta o sonho de faraó e se torna governador do Egito.

As relações entre esse o copeiro e José ilustram bem o que eu desejo dizer. O copeiro representa o amigo oportunista. Nas duas vezes em que sua vida se encontra com a de José é para levar certa vantagem. A primeira é na prisão e José o ajudou revelando o seu sonho e enchendo o seu coração de alegria. A segunda acontece lá no palácio de faraó em que o copeiro poderia ter visto sua grande chance de fazer uma “média” e resolver o problema do Grande faraó, e de quem ele se lembra? Sim! De José!

José, por outro lado, se mostra como o amigo oportuno. Quando estava na prisão, viu a dificuldade do copeiro, se interessou por ajudar e apenas pediu que se lembrasse dele. Amigos oportunos são assim. Estão conosco em todos os momentos, independente se estamos no palácio ou na prisão eles estão presentes sempre.

Em nossa vida temos a oportunidade de escolher que tipo de amigo nós queremos ser e ter. Os oportunos estarão conosco, mesmo que distantes. Os oportunistas apenas passarão por nossa vida quando cruzar a nossa presença com a necessidade deles. A história acima ilustra bem o final dos dois. José se tornou governador e o copeiro continuou copeiro.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
sábado, 7 de julho de 2012 0 comments

Enraizados e edificados nele, firmados na fé, como foram ensinados, transbordando de gratidão. Colossenses 2.7 NVI

     Hoje desejo escrever sobre gratidão. Negócio complicado é agradecer. Sabe por quê? Porque eu fico devedor. Se eu tenho que agradecer a alguém me torno “preso” a essa pessoa e por isso eu prefiro manter em mim o sentimento de que na verdade, foi um grande mérito da pessoa em me ajudar, uma oportunidade ímpar, e que na verdade o que seria dela se não me ajudasse.

O fato, porém é que todos nós precisamos das pessoas. “O homem não é uma ilha”, já disse alguém. Somos dependentes uns dos outros e para o meu desenvolvimento e crescimento nós precisamos das pessoas, desde antes mesmo de chegar ao mundo, nós dependemos delas. Por exemplo: os profissionais de saúde que promoveram sua chegada ao mundo te fizeram um grande favor. Você já agradeceu a Deus por eles?

Gratidão é um gesto de humildade. Se eu sou grato a alguém, significa que reconheço minha dependência de pessoas para viver nesse mundo. É uma grande ilusão achar que o bom seria não precisar das pessoas, até porque se você notar bem vai ver que se você se alimenta é por que foi alguém que plantou, se você se veste é porque alguém costurou. Mas você pode dizer, eu paguei por isso! É por que você tem o emprego que alguém te deu. Portanto reconheça o valor das pessoas

Gratidão é um gesto de consciência. Não é um momento apenas. Não posso “estar” grato, devo “ser” grato. Pois, isso revelará minha consciência e meu caráter de gratidão e me fará a desejar retribuir o que as pessoas fizeram por mim, não para elas ficarem “endividadas” comigo, mas, porque, na verdade eu sou quem me sinto endividadas pelos cuidados delas comigo. Assim, gratidão é um gesto de amor. Se amo, sou grato porque reconheço que apesar de todo mal que há no mundo, ainda há pessoas que acordam cedo todos os dias para me abençoar.

Desejo nesse final, agradecer a você que está lendo esse texto. Pois, confesso! Seria muito ruim ficar aqui sozinho! Obrigado mesmo!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra




sexta-feira, 6 de julho de 2012 2 comments

Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer. I Coríntios 1. 10 NVI 

Tenho que admitir. É difícil concordar. Na verdade confesso que gostaria muito de concordar com todas as coisas que me falam. Mas confesso que não posso fazer isso, pois o que eu penso, nem sempre é o que o outro pensa e assim não dá para concordar de tudo que falam conosco. Tudo isso acontece por que minha história de vida, minha cultura, difere daquela outra pessoa que tem história e cultura diferente. Quando acontece que as posições éticas se chocam, pronto. Não tem como concordar.

Penso no casamento. Vejam vocês! Duas pessoas totalmente diferentes com histórias de vida bem diferentes umas da outras, mas que um dia se conhecem, se encontram, se apaixonam e se unem em um relacionamento “até que a morte os separe”. Entretanto, no dia a dia, as histórias de vida, a cultura, entre outras coisas, vão fazendo a diferença com relação às posições sobre o relacionamento e a convivência. Certamente o choque é inevitável e assim surgem as discordâncias.

Penso também na igreja. A grande verdade é que se não fosse o Espírito Santo, a igreja já teria acabado há muito tempo. Certa vez quando era seminarista perguntei a um pastor o que era mais difícil de administrar na igreja. Ele sabiamente me respondeu: as opiniões! Grande verdade! Um grupo de pessoas bem diferentes umas das outras, com histórias de vida, cultura, vindos dos mais variados posicionamentos morais que se reúnem em um lugar para cultuar a Deus e às vezes decidir sobre assuntos de que visam o bem comum. Só que, porém, nem sempre o que eu penso que é o bem comum, é o bem comum para o outro e é ai que surgem as discordâncias. Apesar de estarmos discutindo o bem comum, a única posição que vale para mim é o meu “bem comum”.

Sabe, porém nisso tudo há uma coisa que para mim é a grande chave da solução do problema. É quando nos amamos. Quando há amor há a validação dos sentimentos do outro. Assim, valido os sentimentos e as opiniões das pessoas porque as amo, amo incondicionalmente, e se amo incondicionalmente, suas opiniões são importantes para mim. Portanto, o bem comum se torna pleno num ambiente de aceitação. Tanto no casamento, quanto na igreja, a chave do bem comum e da concordância está em amar. Amar incondicionalmente. Lembre-se das palavras do Mestre: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” Pense nisso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quinta-feira, 5 de julho de 2012 2 comments

Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? Romanos 6.3 NVI


Desejo fazer uma defesa da morte. Isso mesmo. Vou defender a morte, pois, ela tem sido injustiçada pelos seres humanos através dos séculos e quero mostrar que na verdade os grandes injustos somos nós, ela só cumpre o seu trabalho. Na verdade a morte é nossa amiga e não precisamos ter medo do seu trabalho. Como diz o filósofo Rubem Alves. “Só tem medo da morte quem é inimigo dela.”

Pois bem. A morte faz um grande bem à humanidade. Já pensou em viver eternamente nesse mundo? Tenho certeza! Você não aguentaria e a morte faz um grande favor para você. Ela faz com que no tempo oportuno, você seja levado. Outro problema é que se a morte não trabalhasse, imagina como ficaria a população mundial? Que colapso ver Napoleão, Hitler, Bin Laden, e outras figuras entre nós, nos noticiários alarmando o mundo inteiro. Só de pensar fico com medo. Obrigado morte!

Foi por causa da morte de Cristo que somos reconciliados com Deus. Veja! Olha a morte de novo fazendo o nosso bem? Pois, ela estava lá fazendo o seu trabalho para que o Filho de Deus reconciliasse a todos aqueles que cressem e ainda hoje a morte trabalha em nosso favor. Ou você nunca ouviu o provérbio: “Quem não morre não vê a Deus”?

Sabe, o nosso problema com a morte vêm do nosso sentimento egoísta da perda. Não gostamos nem de perder uma moeda quanto mais um ente querido. Pobre morte! Sempre injustiçada pelo nosso egoísmo! Colocamos nela a culpa dos nossos erros e ela apenas faz seu trabalho com eficiência.

Engraçado. Enquanto escrevo isso, fico pensando que quando queremos articulamos nossas palavras para defender um ideal, uma tese. No entanto, defendemos tão pouco nossos irmãos e irmãs, os “batizados em Cristo” quando estão com problemas e dificuldades. Devemos estar conscientes das necessidades dos nossos irmãos e defendê-los das injustiças da vida. Pois, capacidade de argumentação, nós temos para defender qualquer coisa. Até a morte!

Pr. Alonso Jr.
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quarta-feira, 4 de julho de 2012 2 comments

Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Mateus 5. 9 NVI


                   Pacificar! Palavra linda. Mas difícil. Fazer a guerra é muito mais fácil, pois, a nossa natureza sugere isso. Somos sempre incitados a achar que a pessoa que se opõe a nós é o nosso inimigo e que precisa ser destruído. E assim fazemos a guerra, seja com palavras ou com ações e vamos até o fim. Só que o fim é trágico para nós e para o outro, principalmente para nós que ficamos com um sentimento de uma ação vã e que aquele que antes era o amigo agora se tornou mais um distante.
                  A pacificação começa em nosso interior. Assim, pacificado em minha alma, eu posso me tornar um agente da pacificação dos outros. Eis o grande desafio. Talvez o maior de todos! Pacificar a mim mesmo. Já notou como as grandes discussões e até mesmo as grandes guerras começaram dentro de uma alma não pacificada?
                  Como filhos de Deus, somos chamados para pacificar. Paulo diz que Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação. Assim somos pacificados em nossa alma, com todas as necessidades da existência entregues ao Senhor, e chamados para pacificar outros promovendo a reconciliação. Na verdade somos os diplomatas de Deus.
                  O fato triste, porém, é quando ao invés de pacificar, somos reputados como os causadores das brigas, fofocas, inimizades e tudo aquilo que gera a guerra. Precisamos parar e pensar sobre a nossa missão como representantes de Cristo no trabalho, na escola, e até mesmo na igreja, porque pessoas não pacificadas em seus corações, certamente não serão agentes da pacificação, gerando grupinhos e divisões até mesmo no Corpo de Cristo.
                 Uma das formas mais sutis da não pacificação interior é a vaidade. Ela se mostra com a simplicidade da admiração dos outros, mas por dentro há um monstro terrível não pacificado que se alimenta dos elogios para satisfazer seu apetite voraz interior e quando isso não chega. Pronto! A guerra está feita!
                 Os filhos de Deus, porém, são conhecidos pela ação de pacificar. Unir as pessoas, trabalhar pelo bem comum e criar um ambiente de amor onde estão inseridos. Você já viu um ambiente onde reina o amor não ter paz? Pense nisso.


Pr. Alonso Júnior.
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
terça-feira, 3 de julho de 2012 4 comments

Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.

Mateus 6.34 NVI





Vivemos a nossa vida toda pensando no futuro. Você já percebeu isso? Quando ainda nem pensamos sobre isso, alguém pensa para nós. Nossos pais, antes mesmo de chegarmos ao mundo, já pensavam sobre o nosso futuro. Ele (O futuro) está sempre presente em nosso pensamento.

Isso tem dois lados. Um positivo e um negativo. O positivo é que o pensamento sobre o futuro é que faz o progresso da humanidade. As pessoas saem de casa todos os dias para trabalhar pensando no futuro, mesmo que esse futuro seja apenas projetado para o final do mês, mas já se trata de futuro.

O lado negativo, porém, é que o pensamento sobre o futuro é o grande causador da ansiedade e o estresse. O pensamento sobre o futuro é o que pode acarretar esse sentimento de angústia diante das possibilidades que poderão surgir diante de nós. O que será de mim? Fazem essa pergunta angustiante, e para evitar o mal futuro, desperdiçam o tempo presente com coisas que nem sabem se vão acontecer.

Aliás, você já parou para pensar que o futuro não existe? Sim, ele ainda não chegou e, assim como o passado não existe, o futuro também não. O que existe é o agora, o presente, e é ele que me impulsiona a viver uma nova perspectiva das lições que aprendo no passado e no instante presente.

Desejo viver o tempo presente, de maneira intensa e feliz com a certeza de que meu futuro seja projetado apenas em dizer que valeu a pena tudo o que vivi. Tenha a certeza de que Deus cuida de cada dia e de cada pessoa. Portanto, não se preocupe. Projete seus pensamentos e emoções e trabalhos para viver o presente em comunhão com Ele. O futuro será a continuação do bem viver presente.





Pr. Alonso Júnior

Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
segunda-feira, 2 de julho de 2012 3 comments

Muitos se dizem amigos leais, mas um homem fiel, quem poderá achar?


Provérbios 20.6 NVI

Todos nós gostamos da fidelidade. Valorizamos aquelas pessoas fiéis que nos rodeiam, por outro lado, repudiamos aqueles que em certo momento não se mostraram fiéis. Certo dia, perguntei a um amigo: o que te deixa mais triste no sentimento das pessoas com você? A inveja ou a infidelidade? Ele respondeu: a infidelidade! Ela nos deixa chocados, inertes diante do ato, perplexos num sentimento de tristeza e impotência. Concordei plenamente com ele.
Diante da infidelidade nós temos duas opções. Ou melhor, três opções. A primeira é nos revoltarmos e nunca mais desejar estar perto da pessoa infiel. A quebra de confiança é a base de tudo e se aquela pessoa é infiel é por que não merece minha confiança. A Segunda é partir para o enfrentamento. Declarar que aquela pessoa é nossa inimiga e trabalhar sistematicamente visando destruí-la.
Mas há uma terceira via que é importante destacar. É uma espécie de superioridade na simplicidade. É quando você diante da infidelidade das pessoas você permanece fiel. Triste, mas não muda o seu comportamento, ele faz parte do seu caráter. Se o outro não é fiel, é por que isso não faz parte do caráter dele. Porém do seu faz. Por isso você torna-se superior a ele na simplicidade do seu caráter.
Vemos isso em Deus que faz o sol brilhar sobre os fiéis, mas também sobre os que o tratam com injúria e desprezo. E a chuva que cai sobre os bons e os maus. Vejam a superioridade na simplicidade. Deus é fiel e não pode negar-se a si mesmo como disse o apóstolo, Ele simplesmente é fiel! Jesus mostrou isso diante de Judas: “Amigo, o que o traz?” Mesmo sabendo da traição, ainda chama o traidor de amigo. A superioridade na simplicidade mostra o caráter que temos.
Mas e quando os infiéis somos nós? Conversei com um amigo que trabalha no ramo de livraria evangélica e ele me contou a sua dificuldade com a inadimplência. Enquanto ele falava, fiquei pensando qual é o mercado de uma livraria evangélica? Ateus é que não são. São evangélicos! Que em uma coisa simples como comprar e pagar não se mostram aptos, quanto mais na fidelidade a Deus que não vê. Penso que Livrarias Evangélicas e Seminários Teológicos deveriam ser os melhores negócios para se investir por que a inadimplência deveria ser de 0 por cento, uma vez que os interessados deveriam ser pessoas fiéis.
Diante disso, devemos avaliar se somos pessoas fiéis. Fiel nos relacionamentos seja entre amigos ou conjugal, fiéis nos negócios, na palavra, enfim em tudo para que essa superioridade na simplicidade seja demonstrada. Assim demonstraremos que somos filhos do Pai fiel. Estará em nosso DNA espiritual o caráter. Quem poderá achar o homem fiel? Pergunta o texto acima. Se é difícil é por que é raro e se é raro é por que exprime certa beleza e diferenciação. Expresse em sua vida a beleza da fidelidade!
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
 
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