terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Isaías 53.4 NVI


Representar alguém é muito difícil em todas as situações que o termo representa. Como posso representar uma pessoa em um evento? Representá-la em uma cerimônia especial? Não tem como fazer isso de maneira convincente a mim mesmo e muito menos à pessoa a quem estou representando. Não tem a mesma emoção em estar representando alguém que, por exemplo, ganha um prêmio ou uma honraria e eu quem vou receber em seu lugar. A subjetividade humana é única e somente a pessoa que recebe o prêmio sabe sentir o quanto custou de tempo e energias (físicas e emocionais) para receber tal honra.

Porém o verso bíblico acima exposto fala de uma representação. Só que uma representação não para a honra, mas sim para a desonra. O texto diz que Cristo tomou a nossa pena representando-nos nesse mundo e as consequências do que o mal é capaz de causar. Não falo apenas de doenças físicas, mas principalmente das doenças da alma que são muito mais letais para o ser humano.

Já pensou nisso? Alguém que sente minhas dores, não de maneira superficial como quando representamos outras pessoas nas honrarias da vida, mas alguém que sente como um pai sente ao ver o filho sofrer. Um duplo sofrimento esse! O de além de sofrer, mostra-se impotente em se permitir sofrer por amar o filho amado. Isso é tão evidente que o profeta termina dizendo que as considerações humanas diante do fato são: “contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido.” Isso mesmo! Vemos esse sacrifício por nós como algo repulsivo ao nosso desejo de autopreservação. Mas é justamente nessa representação cósmica que o homem seria honrado mais do que nunca: tendo acesso à reconciliação com Deus.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

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