Certamente
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo
nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Isaías
53.4 NVI
Representar alguém
é muito difícil em todas as situações que o termo representa. Como posso representar uma pessoa em um evento? Representá-la
em uma cerimônia especial? Não tem como fazer isso de maneira convincente a mim
mesmo e muito menos à pessoa a quem estou representando. Não tem a mesma emoção
em estar representando alguém que, por exemplo, ganha um prêmio ou uma honraria
e eu quem vou receber em seu lugar. A subjetividade humana é única e somente a
pessoa que recebe o prêmio sabe sentir o quanto custou de tempo e energias
(físicas e emocionais) para receber tal honra.
Porém o verso
bíblico acima exposto fala de uma representação. Só que uma representação não
para a honra, mas sim para a desonra. O texto diz que Cristo tomou a nossa pena
representando-nos nesse mundo e as consequências do que o mal é capaz de
causar. Não falo apenas de doenças físicas, mas principalmente das doenças da
alma que são muito mais letais para o ser humano.
Já pensou nisso? Alguém
que sente minhas dores, não de maneira superficial como quando representamos
outras pessoas nas honrarias da vida, mas alguém que sente como um pai sente ao
ver o filho sofrer. Um duplo sofrimento esse! O de além de sofrer, mostra-se
impotente em se permitir sofrer por amar o filho amado. Isso é tão evidente que
o profeta termina dizendo que as considerações humanas diante do fato são: “contudo nós o consideramos castigado por
Deus, por Deus atingido e afligido.” Isso mesmo! Vemos esse sacrifício por
nós como algo repulsivo ao nosso desejo de autopreservação. Mas é justamente
nessa representação cósmica que o homem seria honrado mais do que nunca: tendo
acesso à reconciliação com Deus.
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
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