Contudo, façam isso com mansidão
e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente
contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem
envergonhados de suas calúnias. I Pedro 3.16 NVI
O tempo em que o apóstolo Pedro escreveu essa carta, foi um tempo
de muita crise para a fé cristã. Ser cristão nessa época era decidir entre
continuar vivo ou estar sujeito a morrer caso persistisse em confessar a fé no
Cristo. Absolutamente não é nada comparado àquilo que vivemos em nosso país em
que a liberdade é conquistada cada vez mais a despeito de movimentos que possam
tentar cerceá-la.
Entretanto, fico abismado com a quantidade de defensores de Jesus.
Para onde olho contemplo pessoas defendendo Jesus. É na política, nas redes
sociais, na sociedade em geral o que mais vemos são aqueles que veem situações
em que Jesus possa estar em “apuros” e lá vão os protestos, as ofensas, as
intolerâncias dos “defensores de Jesus.” A propósito: mais parecem “jagunços de
Jesus” do que defensores.
Mas é interessante que o próprio Jesus nunca se valeu de
defensores. Por diversas vezes ele sofreu perigo real de espancamento, morte e
desmoralização sem jamais recorrer a alguém que o defendesse. Inclusive, quanto
o próprio Pedro o quis defender, golpeando uma espada contra um soldado para
livrar Jesus da prisão, o próprio Jesus o impediu e sarou a ferida do soldado
golpeado.
Que tipo de defensores agradam a Jesus? Aqueles que testemunham!
Aqueles que não ficam criando factoides para defender um ponto de vista
afirmando ser o de Cristo, mas aquele que vive como Cristo viveu. Assim as
respostas sempre virão com mansidão e temor, pois, toda resposta dada com
mansidão e temor revela a segurança inabalável na interioridade transformada
que não tenta impor um estilo de vida no grito, mas é serena e com essa
serenidade convence a todos ao redor.
Vamos parar de ser jagunços de Jesus e sim, cada vez mais,
testemunhas do Mestre!
Pr.
Alonso Júnior
Primeira Igreja
Batista em Travessão da Barra
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