segunda-feira, 18 de março de 2013 0 comments

“Não o impeçam”, disse Jesus, “pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês.” Lucas 9.50 NVI

O que fizemos com a nossa pretensão de carregar uma mensagem de paz e esperança? Quando vejo o preconceito, as divisões as dissidências entre aqueles que professam a fé cristã, me pergunto: onde estão os tais pacificadores com os quais o Senhor Jesus falou? O Mestre disse certa vez que eles seriam mais-que-felizes... Bem aventurados! Mas não deve ter ninguém assim nas religiões, pois ao invés de se mostrarem como pacificadores, preferimos o rótulo de revolucionários. Nunca vi Jesus achar graça em nenhum revolucionário, apesar Dele mesmo fazer uma revolução no mundo, uma revolução às avessas, uma revolução do amor.

O problema das grandes divisões está na pretensão de sermos os gestores das intenções de Deus no mundo. E cada grupo acha que faz o trabalho de Deus melhor. “Certamente isso contraria a Deus!” Exclama uns. “Não, o que você faz não agrada a Deus!” Rebate outro grupo, e assim vamos nós nessa briga diária que nos cerca que são as religiões. Fico imaginando (tenho o direito e imaginar à vontade) o Mestre nos contemplando, vendo todos os nossos desencontros em achar-nos portadores das intenções de Deus.

Engraçado é que um dos discípulos do Mestre achou isso também e teve a mesma reação que sempre temos. O verso anterior nos revela: Disse João: “Mestre, vimos um homem expulsando demônios em teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos”.Lc. 9.49NVI . o discípulo achava que poderia de alguma maneira, limitar o poder de Deus, a fé das pessoas em Deus e a Soberania de Deus em fazer o que desejar a um grupo seletivo de pessoas. No caso aqui, os discípulos. Mas a resposta de Jesus é: “Não o impeçam”, ...“pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês.” Ainda hoje o Nosso Senhor anda dizendo a mesma coisa  sem ser entendido pela grande maioria das pessoas que professam a fé Nele, mas impedem que outros grupos cristãos sejam abençoados, simplesmente porque não andam conosco. Deus não nos chamou para a dissolução mas para a paz. A resposta de Jesus é bem clara para os seus discípulos: Onde meu nome é confessado e meu senhorio é estabelecido e a minha paz é buscada sinceramente, não os impeçam de me servir, pois quem não é contra nós é por nós!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quinta-feira, 14 de março de 2013 0 comments

Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!
I Coríntios 10.12 NVI


Todos nós somos cobrados para ficarmos ou permanecermos firmes! A inconstância não dá segurança alguma à sociedade que nos cerca. Desejamos líderes sólidos, pais seguros de tudo, governos invioláveis na questão da firmeza. Na verdade, não confiamos em alguém que não demonstra firmeza. Desejamos realmente ser guiados por pessoas acima de qualquer suspeita sobre seus pensamentos e decisões.

Agora pergunto: você e eu temos o mesmo pensamento desde que nascemos? Duvido que sim! Somos seres em constante mudança, construções e perspectivas de vida. Aquilo que pensava há trinta anos me parece ridículo hoje. Como então posso desejar firmeza de outra pessoa se nem mesmo eu sou firme? Talvez a resposta do parágrafo acima esteja nessa afirmação: eu quero dos outros o que não posso dar de mim mesmo!

Paulo com sua sabedoria inspirada sabia disso. Ele compreendia que a firmeza dependia da situação. Os cristãos de Corinto podiam ser firmes em um ponto e inconstantes em outro. A própria carta como um todo revela isso. Assim, devemos aceitar que a mesma construção que eu recebo pelo conhecimento, informações, sentimentos e experiências de vida que eu posso passar, meu próximo também passa e nessa experiência trocada novas ideias vão surgindo e velhos paradigmas vão se dissolvendo no curso do tempo.

É bem provável que nos próximos trinta anos (se eu estiver vivo) eu pense sobre o mundo de forma bem diferente do que penso hoje. Certamente você também! E entendo que isso é estar firme, por mais contraditório que pareça. O estar firme é ser um ser humano, um ser existente nessa aventura que é a vida, e não robôs programáveis que se enferrujam com o tempo. Pode ser que mude de ideia, mas hoje é o que penso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quarta-feira, 13 de março de 2013 0 comments

Sem dúvida alguma, o inferior é abençoado pelo superior.
Hebreus 7.7 NVI


Deus te abençoe! É uma frase singela, mas que tem um profundo significado espiritual. Já escrevi algo parecido sobre isso. Escrevi que, quando digo isso, afirmo que creio em um Deus soberano que somente pela sua graça, poder e amor é capaz de realizar o desejo do meu coração: abençoar você! Mas desejo expressar nessas linhas ainda outra visão sobre o ser abençoado: o sentimento de inferioridade. Mas não uma inferioridade negativa proveniente do pecado e do recalque de considerar as pessoas como nossos rivais. Mas uma inferioridade positiva que traz e produz bênçãos maravilhosas para a vida.

Paulo escreve algo parecido com isso em sua carta aos filipenses 2.3: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.” Desejamos ser sempre abençoados. Mas, paradoxalmente, somos abençoados sendo inferiores. Que estranho! Preciso me inferiorizar para ser abençoado. Jesus em Mateus 23.12 afirma: “Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” Portanto, é inevitável para a bênção do superior a humildade do inferior.

Desejo desafiar você a “se inferiorizar”! Não da forma negativa, não valorizando seu ser criado à imagem e semelhança de Deus. Mas sim se inferiorizar diante de Deus que “resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Então minha atitude com Deus, será refletida em minhas atitudes para com os homens criados à Sua imagem: humildade e mansidão. A receita para a bênção!

Pense Nisso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 0 comments

O ímpio pode cometer uma centena de crimes e apesar disso, ter vida longa, mas sei muito bem que as coisas serão melhores para os que temem a Deus, para os que mostram respeito diante dele.
Eclesiastes 8.12 NVI


Em certas ocasiões fico pensando na pergunta: O que é melhor? Fazer o que é certo ou fazer o que dá certo? Acredito que você automaticamente vai pensar: “claro que é fazer o que e certo!” Todavia, somos tentados o tempo todo a fazer o que “dá certo” a despeito do que “é certo.” Grande dúvida! Desde Adão escolhemos o que dá certo em relação a essa escolha, mas achamos e falamos sempre que o melhor é aquilo que é certo.

Isso tem a ver com a nossa ambição pelo respeito das pessoas. Desejamos, no fundo, ser respeitado como indivíduo, como cidadão e a imagem do que verdadeiramente é “respeito” para nós é a imagem do sujeito “bem sucedido”, que “chegou lá” não importando a forma com que chegou mais tudo o que vemos e almejamos é chegar ao mesmo destino de vida. Assim, somos tentados ao fazer o que dá certo, mesmo contrariando todos os nossos conceitos de ética e civilidade.

Infelizmente sempre que buscamos o que dá certo, nos distanciamos do que é certo. Com raras exceções o que é certo será andar contra os conceitos pessoais de ambição. Assim aquele desejo de conquistar, de forma inocente, nossos méritos pessoais logo se transformará em um emaranhado de problemas que conquistamos para nossa própria ruína.

O que é certo só dá certo do ponto de vista da eternidade! Quando olho os desafios que o mundo me impõe com os olhos do céu, jamais farei concessões, mesmo com prejuízo próprio! O próprio Jesus disse isso “Ninguém pode servir a dois senhores... Deus e as riquezas.” Os olhos fixos na eternidade me farão sempre lembrar a quem devo servir e em que estou investindo minha vida: no céu ou na terra.

O sistema mundano pode muito bem valorizar o que dá certo, mesmo que de forma injusta e hipócrita, mas os que investem no que é certo olham para a eternidade que os esperam.

Pense nisso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 0 comments

Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias. I Pedro 3.16 NVI


O tempo em que o apóstolo Pedro escreveu essa carta, foi um tempo de muita crise para a fé cristã. Ser cristão nessa época era decidir entre continuar vivo ou estar sujeito a morrer caso persistisse em confessar a fé no Cristo. Absolutamente não é nada comparado àquilo que vivemos em nosso país em que a liberdade é conquistada cada vez mais a despeito de movimentos que possam tentar cerceá-la.

Entretanto, fico abismado com a quantidade de defensores de Jesus. Para onde olho contemplo pessoas defendendo Jesus. É na política, nas redes sociais, na sociedade em geral o que mais vemos são aqueles que veem situações em que Jesus possa estar em “apuros” e lá vão os protestos, as ofensas, as intolerâncias dos “defensores de Jesus.” A propósito: mais parecem “jagunços de Jesus” do que defensores.

Mas é interessante que o próprio Jesus nunca se valeu de defensores. Por diversas vezes ele sofreu perigo real de espancamento, morte e desmoralização sem jamais recorrer a alguém que o defendesse. Inclusive, quanto o próprio Pedro o quis defender, golpeando uma espada contra um soldado para livrar Jesus da prisão, o próprio Jesus o impediu e sarou a ferida do soldado golpeado.

Que tipo de defensores agradam a Jesus? Aqueles que testemunham! Aqueles que não ficam criando factoides para defender um ponto de vista afirmando ser o de Cristo, mas aquele que vive como Cristo viveu. Assim as respostas sempre virão com mansidão e temor, pois, toda resposta dada com mansidão e temor revela a segurança inabalável na interioridade transformada que não tenta impor um estilo de vida no grito, mas é serena e com essa serenidade convence a todos ao redor.

Vamos parar de ser jagunços de Jesus e sim, cada vez mais, testemunhas do Mestre!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra 
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 0 comments

Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei. Isaías 46.4 NVI


            É muito difícil falar do que não se viveu. Somente aquele que experimentou com toda a sua existência os fatos reais da vida pode expressar o que verdadeiramente sentiu. Não sou ousado o suficiente para falar o que faria se fosse velho. Observe bem! Não disse idoso, mas sim: Velho! Em minha opinião fica mais bonito escrever “velho” do que “idoso” entendo que velho é mais “poético”.

            Pois bem: quando eu ficar velho acredito que vou ver a vida com outros olhos. Não com os olhos do desafio, mas com os olhos do triunfo. Até porque viver todos os anos buscando melhorias na vida e “avançar” na estabilidade financeira, familiar, profissional e etc, me dispensou um tempo enorme. O tempo de toda a minha vida e como sei que agora pouco tempo me resta acredito que vou tentar vivê-lo com mais intensidade.

            Quando ficar velho a maturidade terá seu clímax em minha vida. Vou dar importância àquilo que nunca observei enquanto jovem e perceber com muito mais nitidez as limitações do corpo e da existência. Mas é interessante notar uma coisa: enquanto o corpo geme com suas limitações, o que ouvimos, muitas vezes nos testemunhos das pessoas que alcançaram esse tempo, é que o espírito anda jovem em quando o corpo seguiu seu corpo. Desejo ficar velho assim! Corpo velho e alma jovem.

            Quando ficar velho desejo de coração ver um pouco do legado que espalhei por onde passei em minha vida. As amizades que deixei, as vidas que ajudei, os desanimados que animei, os desconsolados que consolei enfim, a obra que a minha existência semeou desejo vê-la ainda em minha velhice. E as bobagens que falei, as vidas em que tentando ajudar me equivoquei espero sinceramente que seja esquecido no curso do tempo. Até porque estarei velho demais para ter sentimento de culpa e depressão... lembre-se pouco tempo me resta para ficar doente.

Mas acima de tudo, no “por do sol” de minha existência, desejo olhar para trás e ver o quanto Deus foi generoso em me dar muito dias nessa vida e ainda uma eternidade inteira com ele. Enquanto escrevo essas linhas chego a uma conclusão: acho que o sentimento da velhice deve ser um sentimento de estar no “porto” ou na “rodoviária.” Nesses lugares a chegada e a partida são constantes. Assim na velhice: vivem-se as alegrias da vida quando chegam os netos, bisnetos, as descobertas da humanidade, tudo isso traz a alegria da chegada, mas também o sentimento da partida é presente quando meus amigos amados e companheiros de caminhada, meus parentes tão próximos partem em sua caminhada à eternidade até chegar também o meu dia de partir. Espero que isso aconteça quando eu ficar velho.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
terça-feira, 15 de janeiro de 2013 0 comments

Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Isaías 53.4 NVI


Representar alguém é muito difícil em todas as situações que o termo representa. Como posso representar uma pessoa em um evento? Representá-la em uma cerimônia especial? Não tem como fazer isso de maneira convincente a mim mesmo e muito menos à pessoa a quem estou representando. Não tem a mesma emoção em estar representando alguém que, por exemplo, ganha um prêmio ou uma honraria e eu quem vou receber em seu lugar. A subjetividade humana é única e somente a pessoa que recebe o prêmio sabe sentir o quanto custou de tempo e energias (físicas e emocionais) para receber tal honra.

Porém o verso bíblico acima exposto fala de uma representação. Só que uma representação não para a honra, mas sim para a desonra. O texto diz que Cristo tomou a nossa pena representando-nos nesse mundo e as consequências do que o mal é capaz de causar. Não falo apenas de doenças físicas, mas principalmente das doenças da alma que são muito mais letais para o ser humano.

Já pensou nisso? Alguém que sente minhas dores, não de maneira superficial como quando representamos outras pessoas nas honrarias da vida, mas alguém que sente como um pai sente ao ver o filho sofrer. Um duplo sofrimento esse! O de além de sofrer, mostra-se impotente em se permitir sofrer por amar o filho amado. Isso é tão evidente que o profeta termina dizendo que as considerações humanas diante do fato são: “contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido.” Isso mesmo! Vemos esse sacrifício por nós como algo repulsivo ao nosso desejo de autopreservação. Mas é justamente nessa representação cósmica que o homem seria honrado mais do que nunca: tendo acesso à reconciliação com Deus.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
 
;