sexta-feira, 21 de março de 2025

 

Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o Senhor, seu Deus, o tinha mandado dizer; e o povo temeu diante do Senhor. Então, Ageu, o enviado do Senhor, falou ao povo, segundo a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor. O Senhor despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quarto dia do sexto mês. Ageu 1.12-15

O livro do profeta Ageu nos ensina sobre um elemento fundamental para a adoração à Deus. Esse elemento é a motivação; o espírito totalmente centrado em Deus entronizado em nosso coração. Jesus ensinou à mulher samaritana que a verdadeira adoração ao Senhor não estava circunscrita necessariamente a uma forma, mas a uma motivação que por ele foi expressa nas palavras Espírito e verdade. Assim, somente motivados pelo Espírito Santo conseguiremos adorar ao Senhor verdadeiramente.

Com efeito, qual seria a melhor forma de adorarmos a Deus? Temos a resposta no Evangelho de João, no capítulo quatro: em “Espírito e em Verdade”. Isso quer dizer que não existe uma forma objetiva, mas, sim, uma motivação para a adoração a Deus. Quando o Senhor é a prioridade, faremos sempre o nosso melhor ainda que com o pouco. E é isso que Deus se importa: Não com o pouco ou o muito, mas com o melhor! Essa é a chave da adoração em Espírito e em verdade e a raiz da mensagem do profeta Ageu. O melhor daquele povo não estava sendo direcionado a Deus, mas a eles mesmos. O egoísmo deles falava mais alto do que as expressões de adoração.

Porém, após esse pecado ser denunciado pelo profeta, o povo se despertou. Esse despertamento provocou uma mudança de mente e de atitude nos líderes e em todo o povo. Assim aprendemos uma grande lição. Toda mudança começa na mente. Ninguém muda de verdade apenas obedecendo a comandos. Uma pessoa pode obedecer a comandos, sem, contudo, realmente acreditar naquilo que se está fazendo. Assim, quando mudamos a nossa forma de pensar e a nossa visão sobre determinada coisa, aí sim redirecionaremos nossa rota de ações.

Isso fica evidente na passagem desta reflexão. O texto mostra que o povo atendeu a ordem de Deus dada por meio do profeta Ageu. A mente do povo e de seus líderes não mudadas de tal maneira que, ao contrário do estágio anterior onde o povo não dava verdadeira importância às coisas pertencentes a Deus, o texto agora nos informa que o povo temeu ao Senhor. Esta atitude não é outra coisa senão uma mudança significativa de mente e um avivamento espiritual. Por meio do ofício profético de Ageu, o povo experimentou um renovo espiritual.

Com efeito, isso revela algo importante sobre a nossa missão enquanto igreja. nós nunca podemos perder nossa missão como voz profética para a sociedade. Temos a missão de sermos o “tempero” da sociedade, denunciando o pecado e apontando o caminho para o arrependimento. Podemos ver isso claramente nesta passagem. O profeta Ageu tinha uma missão importante: Revelar o descontentamento de Deus sobre o pecado do relaxamento espiritual do povo. Ele tinha de falar isso para o povo a partir da liderança política e a liderança religiosa e ele não deixou de cumprir a missão. Não se vendeu e não esmoreceu em denunciar o pecado, tornando “o enviado do Senhor.” Em outras versões, está escrito o “embaixador do Senhor.” Nunca podemos perder de vista a nossa missão profética. Jamais podemos transigir entre sermos embaixadores do Senhor e pessoas amigas do erro. Sem dúvida, há uma tentação constante em cedermos às pressões de nos aliarmos ao mau, mas a nossa missão é mais nobre e sublime, por isso, é melhor sermos embaixadores do Senhor, do que estarmos alinhados àquilo que é mau.

Com efeito, quando a igreja perde a sua missão profética, ela perde a sua relevância. Não é incomum vermos isso na sociedade. Jesus ensinou que se o sal não salgar, para nada mais presta senão para ser pisado pelos homens. O profeta Ageu cumpriu sua missão e promoveu um grande avivamento no meio do povo de Deus e dos seus líderes. Assim, eles tiveram seu ânimo despertado para o término da construção da Casa do Senhor.

Notemos aqui um detalhe importante: A casa começa a ser reconstruída depois que o pecado é denunciado. Após isso, o ânimo é recobrado e o resultado aparece. Agora temos aqui uma atitude diferente da primeira. O pecado direcionava o povo ao egoísmo; eles buscavam o melhor para si e a fonte da sua motivação era essa. Depois da mudança de mente, eles redirecionaram seu ânimo para com as coisas de Deus. Aprendemos, portanto, que o pecado sempre nos afastará de desejar estar e trabalhar na obra do Senhor, mas o arrependimento nos fará inclinar sempre ao Senhor e a sua Obra.

  

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