quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 0 comments

O ímpio pode cometer uma centena de crimes e apesar disso, ter vida longa, mas sei muito bem que as coisas serão melhores para os que temem a Deus, para os que mostram respeito diante dele.
Eclesiastes 8.12 NVI


Em certas ocasiões fico pensando na pergunta: O que é melhor? Fazer o que é certo ou fazer o que dá certo? Acredito que você automaticamente vai pensar: “claro que é fazer o que e certo!” Todavia, somos tentados o tempo todo a fazer o que “dá certo” a despeito do que “é certo.” Grande dúvida! Desde Adão escolhemos o que dá certo em relação a essa escolha, mas achamos e falamos sempre que o melhor é aquilo que é certo.

Isso tem a ver com a nossa ambição pelo respeito das pessoas. Desejamos, no fundo, ser respeitado como indivíduo, como cidadão e a imagem do que verdadeiramente é “respeito” para nós é a imagem do sujeito “bem sucedido”, que “chegou lá” não importando a forma com que chegou mais tudo o que vemos e almejamos é chegar ao mesmo destino de vida. Assim, somos tentados ao fazer o que dá certo, mesmo contrariando todos os nossos conceitos de ética e civilidade.

Infelizmente sempre que buscamos o que dá certo, nos distanciamos do que é certo. Com raras exceções o que é certo será andar contra os conceitos pessoais de ambição. Assim aquele desejo de conquistar, de forma inocente, nossos méritos pessoais logo se transformará em um emaranhado de problemas que conquistamos para nossa própria ruína.

O que é certo só dá certo do ponto de vista da eternidade! Quando olho os desafios que o mundo me impõe com os olhos do céu, jamais farei concessões, mesmo com prejuízo próprio! O próprio Jesus disse isso “Ninguém pode servir a dois senhores... Deus e as riquezas.” Os olhos fixos na eternidade me farão sempre lembrar a quem devo servir e em que estou investindo minha vida: no céu ou na terra.

O sistema mundano pode muito bem valorizar o que dá certo, mesmo que de forma injusta e hipócrita, mas os que investem no que é certo olham para a eternidade que os esperam.

Pense nisso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 0 comments

Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias. I Pedro 3.16 NVI


O tempo em que o apóstolo Pedro escreveu essa carta, foi um tempo de muita crise para a fé cristã. Ser cristão nessa época era decidir entre continuar vivo ou estar sujeito a morrer caso persistisse em confessar a fé no Cristo. Absolutamente não é nada comparado àquilo que vivemos em nosso país em que a liberdade é conquistada cada vez mais a despeito de movimentos que possam tentar cerceá-la.

Entretanto, fico abismado com a quantidade de defensores de Jesus. Para onde olho contemplo pessoas defendendo Jesus. É na política, nas redes sociais, na sociedade em geral o que mais vemos são aqueles que veem situações em que Jesus possa estar em “apuros” e lá vão os protestos, as ofensas, as intolerâncias dos “defensores de Jesus.” A propósito: mais parecem “jagunços de Jesus” do que defensores.

Mas é interessante que o próprio Jesus nunca se valeu de defensores. Por diversas vezes ele sofreu perigo real de espancamento, morte e desmoralização sem jamais recorrer a alguém que o defendesse. Inclusive, quanto o próprio Pedro o quis defender, golpeando uma espada contra um soldado para livrar Jesus da prisão, o próprio Jesus o impediu e sarou a ferida do soldado golpeado.

Que tipo de defensores agradam a Jesus? Aqueles que testemunham! Aqueles que não ficam criando factoides para defender um ponto de vista afirmando ser o de Cristo, mas aquele que vive como Cristo viveu. Assim as respostas sempre virão com mansidão e temor, pois, toda resposta dada com mansidão e temor revela a segurança inabalável na interioridade transformada que não tenta impor um estilo de vida no grito, mas é serena e com essa serenidade convence a todos ao redor.

Vamos parar de ser jagunços de Jesus e sim, cada vez mais, testemunhas do Mestre!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra 
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 0 comments

Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei. Isaías 46.4 NVI


            É muito difícil falar do que não se viveu. Somente aquele que experimentou com toda a sua existência os fatos reais da vida pode expressar o que verdadeiramente sentiu. Não sou ousado o suficiente para falar o que faria se fosse velho. Observe bem! Não disse idoso, mas sim: Velho! Em minha opinião fica mais bonito escrever “velho” do que “idoso” entendo que velho é mais “poético”.

            Pois bem: quando eu ficar velho acredito que vou ver a vida com outros olhos. Não com os olhos do desafio, mas com os olhos do triunfo. Até porque viver todos os anos buscando melhorias na vida e “avançar” na estabilidade financeira, familiar, profissional e etc, me dispensou um tempo enorme. O tempo de toda a minha vida e como sei que agora pouco tempo me resta acredito que vou tentar vivê-lo com mais intensidade.

            Quando ficar velho a maturidade terá seu clímax em minha vida. Vou dar importância àquilo que nunca observei enquanto jovem e perceber com muito mais nitidez as limitações do corpo e da existência. Mas é interessante notar uma coisa: enquanto o corpo geme com suas limitações, o que ouvimos, muitas vezes nos testemunhos das pessoas que alcançaram esse tempo, é que o espírito anda jovem em quando o corpo seguiu seu corpo. Desejo ficar velho assim! Corpo velho e alma jovem.

            Quando ficar velho desejo de coração ver um pouco do legado que espalhei por onde passei em minha vida. As amizades que deixei, as vidas que ajudei, os desanimados que animei, os desconsolados que consolei enfim, a obra que a minha existência semeou desejo vê-la ainda em minha velhice. E as bobagens que falei, as vidas em que tentando ajudar me equivoquei espero sinceramente que seja esquecido no curso do tempo. Até porque estarei velho demais para ter sentimento de culpa e depressão... lembre-se pouco tempo me resta para ficar doente.

Mas acima de tudo, no “por do sol” de minha existência, desejo olhar para trás e ver o quanto Deus foi generoso em me dar muito dias nessa vida e ainda uma eternidade inteira com ele. Enquanto escrevo essas linhas chego a uma conclusão: acho que o sentimento da velhice deve ser um sentimento de estar no “porto” ou na “rodoviária.” Nesses lugares a chegada e a partida são constantes. Assim na velhice: vivem-se as alegrias da vida quando chegam os netos, bisnetos, as descobertas da humanidade, tudo isso traz a alegria da chegada, mas também o sentimento da partida é presente quando meus amigos amados e companheiros de caminhada, meus parentes tão próximos partem em sua caminhada à eternidade até chegar também o meu dia de partir. Espero que isso aconteça quando eu ficar velho.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
terça-feira, 15 de janeiro de 2013 0 comments

Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Isaías 53.4 NVI


Representar alguém é muito difícil em todas as situações que o termo representa. Como posso representar uma pessoa em um evento? Representá-la em uma cerimônia especial? Não tem como fazer isso de maneira convincente a mim mesmo e muito menos à pessoa a quem estou representando. Não tem a mesma emoção em estar representando alguém que, por exemplo, ganha um prêmio ou uma honraria e eu quem vou receber em seu lugar. A subjetividade humana é única e somente a pessoa que recebe o prêmio sabe sentir o quanto custou de tempo e energias (físicas e emocionais) para receber tal honra.

Porém o verso bíblico acima exposto fala de uma representação. Só que uma representação não para a honra, mas sim para a desonra. O texto diz que Cristo tomou a nossa pena representando-nos nesse mundo e as consequências do que o mal é capaz de causar. Não falo apenas de doenças físicas, mas principalmente das doenças da alma que são muito mais letais para o ser humano.

Já pensou nisso? Alguém que sente minhas dores, não de maneira superficial como quando representamos outras pessoas nas honrarias da vida, mas alguém que sente como um pai sente ao ver o filho sofrer. Um duplo sofrimento esse! O de além de sofrer, mostra-se impotente em se permitir sofrer por amar o filho amado. Isso é tão evidente que o profeta termina dizendo que as considerações humanas diante do fato são: “contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido.” Isso mesmo! Vemos esse sacrifício por nós como algo repulsivo ao nosso desejo de autopreservação. Mas é justamente nessa representação cósmica que o homem seria honrado mais do que nunca: tendo acesso à reconciliação com Deus.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quarta-feira, 28 de novembro de 2012 0 comments

Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: “Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”.
Marcos 14.32-36 NVI



Ler a narrativa dos momentos cruciais da obra de Jesus nesse mundo me dá uma sensação de angústia em todas as vezes que eu leio. Não posso deixar de ficar angustiado pelos momentos que antecederam a morte de Cristo. Sou impelido a entrar na cena, viver o momento, ver nitidamente a expressão de angústia no rosto de Cristo com as coisas que iriam suceder nos momentos posteriores. Ele sabia muito bem o que seria a agonia desses momentos. A tortura física, moral, emocional... enfim, é difícil para mim não sentir-me angustiado também.

Esse texto também me ensina algo importante sobre momentos de dificuldades da vida. O texto todo diz que Jesus chamou seus discípulos para orar. Deixou oito deles em um lugar, chamou Pedro, Tiago e João para irem mais adiante acompanhando Jesus (lembre-se: Judas Iscariotes já não estava mais com eles). No entanto, quando Jesus volta, encontra todos dormindo inclusive Pedro, Tiago e João que tinham ido com ele a certa altura. Às vezes a solidão é tudo o que temos como companhia, pois nem sempre as pessoas ao nosso redor, compreenderão a nossa dor, a nossa angústia e o que temos é a solidão da interioridade. Ela pode também demonstrar grande companheira para a cura e o encorajamento.

Outra lição importante é a obediência em meio a pressões de todo o tipo. Havia uma pressão de alguns para fazer de Jesus um rei que libertaria Israel da opressão romana, havia a pressão maligna para tirar o Cristo da cruz, e havia a humanidade, tão latente no Cristo, que o forçava a recorrer daquilo que podemos chamar de “instinto de sobrevivência”. Algo tão terreno e humano. Entretanto, Cristo já se mostrava vitorioso com a palavra: “contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres.” Nisso vejo a chave para as vitórias espirituais. Contra aquilo que muitas vezes forma a nossa vaidade (fazermos reis de nós mesmos), expulsarmos a influência maligna de nossa vida, e vivermos pela fé. Grande lição para nós a lição do Getsêmani. A lição da obediência em meio a angústia.

Pense nisso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
segunda-feira, 15 de outubro de 2012 0 comments

Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos.
I Tessalonicenses 5.14 NVI


Como seria bom se nossas ações e palavras fossem equilibradas como somos ensinados no texto acima. Vejam vocês, o apóstolo Paulo nos dá informações importantíssimas para o nosso relacionamento com as pessoas ao nosso redor. Mas, a despeito de todas essas informações o fato é que nem sempre somos assim. Preferimos falar com terceiros sobre os nossos amigos do que viver um relacionamento sincero.

O apóstolo nos dá dicas importantes e valiosas. “Advirtam os ociosos”, aqueles que vivem sem produzir algo de útil na vida, “confortem os desanimados.” Isso é muito importante, pois, na verdade, preferimos isolar o excluir os desanimados e não confortá-los a se levantar a continuar a caminhada. Ele também diz: “auxiliem os fracos”, mas o que desejamos é viver perto dos fortes. Infelizmente, assimilamos muito bem a teoria de que os mais fortes sobrevivem como se fosse uma verdade absoluta, mas se formos ver de acordo com o que somos ensinados, o conselho é auxiliem os fracos e não abandone os fracos.

Paulo conclui essa parte do seu pensamento orientando a todos nós sobre uma coisa importantíssima: “sejam pacientes com todos.” Agora observe. Se eu sou paciente com todas as pessoas com sua individualidade e subjetividade, logo serei apto para consolar, advertir, auxiliar e viver relacionamentos sinceros com todas as pessoas. Devemos ser pacientes se desejamos ser amados e acolhidos quando precisarmos.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012 1 comments

Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá esticou o braço e segurou a arca de Deus, porque os bois haviam tropeçado. A ira do Senhor acendeu-se contra Uzá por seu ato de irreverência. II Samuel 6.6-7 NVI
 
Fico pensando às vezes em qual a razão de Deus não fulminar as pessoas mais como fazia antigamente. O texto aqui fala que a arca da aliança (que representava a presença do Senhor) estava sendo transportado por bois, o que era contra as regras, ela tinha que ser transportada por sacerdotes por meio de varas e não por animais. Acontece que em meio a uma festa no transporte da arca os bois tropeçam e Uzá, muito bem intencionado, segura a Arca e o que acontece é que ele é fulminado pelo seu “ato”.
 
Fico pensando às vezes por que Deus não fulmina políticos corruptos que usam do seu nome santo para se promoverem, falsos pastores que usam a boa fé de pessoas simples para enriquecerem falando sobre Deus, lideres religiosos que promovem guerras e dizem que foi mandado de Deus destruir famílias inteira, povos inteiros, contradizendo as palavras  do próprio Deus quando diz que “Vinha para buscar e salvar o que se havia perdido.”
 
Reflito concluindo que isso não acontece mais por três razões: primeiro nós temos o poder de lutar contra os maus por meio do bem. Como seguidores de Cristo, podemos viver a vida que Deus deseja e por meio da Palavra ir de encontro aos que fazem o mau e manifestar o desejo, reprovação e misericórdia de Deus na vida deles. A segunda razão é que ficou mais do que provado em toda a Bíblia que fulminar pessoas, cair fogo do céu, carruagens de fogo, não são capazes de fazer ninguém amar a Deus, pois ninguém é forçado a amar, a não ser que seja amado primeiro e foi exatamente o que Deus fez por nós em Cristo. E por último se Deus continuasse a fulminar pessoas pelos seus erros eu não estaria escrevendo esse texto, pois certamente já teria sido fulminado.
 
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
 
;