terça-feira, 25 de junho de 2013
Cada um luta com as armas que têm!

Dia desses li uma frase que me chamou muito a atenção: “cada um luta com as armas que têm.” Pois bem, comecei a viajar por essa frase pensando quais seriam as armas que cada um de nós teria para lutar por aquilo que desejamos e qual seria o perfil da individualidade daquele que usasse as tais armas. 

Em primeiro lugar a frase expressa “cada um luta”, ou seja, um indivíduo único com suas armas. Não são vários indivíduos com a mesma arma, mas sim, um único indivíduo com diversas armas. Para ser ter as armas singulares, é preciso que o individuo com tal, seja também singular. As armas dele não podem ser usadas plenamente por outra pessoa. É isso que faz a grande diversidade do mundo, pois, as minhas armas são bem diferentes das armas dos outros; estão “sob medida”, destinadas a mim em sua forma mais profunda e substancial. Estão fundadas no mais profundo da minha existência.

Por esta razão, não devo forçar outras pessoas a “lutar” da mesma maneira que luto, nem com a forma com que luto. Cada um sabe de sua própria luta, pois ela começa a ser travada no interior e se consuma naquilo que é externo. Só quem começou a luta poderá saber o contexto dela, e ai está a grande razão de que não posso lutar com as armas dos outros. A luta é só minha com as minhas próprias armas.

Conhecendo o tipo de arma que o indivíduo usa para suas manifestações, palavras e vontades, saberemos que construção foi feita em sua vida. Pois o que é expresso no exterior nada mais é do que o reflexo do que tem se passado no coração. É aquela velha máxima: “A boca fala o que o coração está cheio”, ou nas palavras de Jesus: “É do coração que procede todas das saídas da vida”, e isso nos leva a segunda parte da frase que estamos refletindo: “com as armas que tem”. Que todos nós temos armas isso é inevitável. Todos as temos não porque desejamos, mas porque faz parte da nossa própria natureza e construção de vida. A questão é: quais são as minhas armas e o que tenho feito com elas? Alguns têm ao seu próprio modo a arma da intelectualidade, outros da perseverança, outros do trabalho fiel, outros até mesmo têm a arma do silêncio, mas como escrevi há pouco, todos têm as suas armas próprias. 

Aqueles, porém, que são mal “construídos” em suas singularidades têm as armas da violência, da inveja, da competitividade exagerada, não são armas para vencer, mas sim, armas de destruição em massa, pois quem construiu a torre da sua existência sob esses fundamentos tem armas que ofendem e violentam o direito dos outros de ser quem são. Portanto são armas letais. Porém, quem constrói a torre de sua existência com dignidade pensando no direito alheio, sem dúvida usará as armas certas para o bem de todos. 

Mas há ainda uma arma que é a mais importante de todas. Quem usa essa arma sempre está livre, é respeitado por todos e os que vivem perto de quem tem essa arma sabe que estão protegidos sempre. É a arma do perdão! Quem usa essa arma nunca está sozinho e a tem para seu próprio equilíbrio e equilíbrio dos outros

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

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