quarta-feira, 28 de novembro de 2012 0 comments

Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: “Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”.
Marcos 14.32-36 NVI



Ler a narrativa dos momentos cruciais da obra de Jesus nesse mundo me dá uma sensação de angústia em todas as vezes que eu leio. Não posso deixar de ficar angustiado pelos momentos que antecederam a morte de Cristo. Sou impelido a entrar na cena, viver o momento, ver nitidamente a expressão de angústia no rosto de Cristo com as coisas que iriam suceder nos momentos posteriores. Ele sabia muito bem o que seria a agonia desses momentos. A tortura física, moral, emocional... enfim, é difícil para mim não sentir-me angustiado também.

Esse texto também me ensina algo importante sobre momentos de dificuldades da vida. O texto todo diz que Jesus chamou seus discípulos para orar. Deixou oito deles em um lugar, chamou Pedro, Tiago e João para irem mais adiante acompanhando Jesus (lembre-se: Judas Iscariotes já não estava mais com eles). No entanto, quando Jesus volta, encontra todos dormindo inclusive Pedro, Tiago e João que tinham ido com ele a certa altura. Às vezes a solidão é tudo o que temos como companhia, pois nem sempre as pessoas ao nosso redor, compreenderão a nossa dor, a nossa angústia e o que temos é a solidão da interioridade. Ela pode também demonstrar grande companheira para a cura e o encorajamento.

Outra lição importante é a obediência em meio a pressões de todo o tipo. Havia uma pressão de alguns para fazer de Jesus um rei que libertaria Israel da opressão romana, havia a pressão maligna para tirar o Cristo da cruz, e havia a humanidade, tão latente no Cristo, que o forçava a recorrer daquilo que podemos chamar de “instinto de sobrevivência”. Algo tão terreno e humano. Entretanto, Cristo já se mostrava vitorioso com a palavra: “contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres.” Nisso vejo a chave para as vitórias espirituais. Contra aquilo que muitas vezes forma a nossa vaidade (fazermos reis de nós mesmos), expulsarmos a influência maligna de nossa vida, e vivermos pela fé. Grande lição para nós a lição do Getsêmani. A lição da obediência em meio a angústia.

Pense nisso!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
segunda-feira, 15 de outubro de 2012 0 comments

Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos.
I Tessalonicenses 5.14 NVI


Como seria bom se nossas ações e palavras fossem equilibradas como somos ensinados no texto acima. Vejam vocês, o apóstolo Paulo nos dá informações importantíssimas para o nosso relacionamento com as pessoas ao nosso redor. Mas, a despeito de todas essas informações o fato é que nem sempre somos assim. Preferimos falar com terceiros sobre os nossos amigos do que viver um relacionamento sincero.

O apóstolo nos dá dicas importantes e valiosas. “Advirtam os ociosos”, aqueles que vivem sem produzir algo de útil na vida, “confortem os desanimados.” Isso é muito importante, pois, na verdade, preferimos isolar o excluir os desanimados e não confortá-los a se levantar a continuar a caminhada. Ele também diz: “auxiliem os fracos”, mas o que desejamos é viver perto dos fortes. Infelizmente, assimilamos muito bem a teoria de que os mais fortes sobrevivem como se fosse uma verdade absoluta, mas se formos ver de acordo com o que somos ensinados, o conselho é auxiliem os fracos e não abandone os fracos.

Paulo conclui essa parte do seu pensamento orientando a todos nós sobre uma coisa importantíssima: “sejam pacientes com todos.” Agora observe. Se eu sou paciente com todas as pessoas com sua individualidade e subjetividade, logo serei apto para consolar, advertir, auxiliar e viver relacionamentos sinceros com todas as pessoas. Devemos ser pacientes se desejamos ser amados e acolhidos quando precisarmos.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012 1 comments

Quando chegaram à eira de Nacom, Uzá esticou o braço e segurou a arca de Deus, porque os bois haviam tropeçado. A ira do Senhor acendeu-se contra Uzá por seu ato de irreverência. II Samuel 6.6-7 NVI
 
Fico pensando às vezes em qual a razão de Deus não fulminar as pessoas mais como fazia antigamente. O texto aqui fala que a arca da aliança (que representava a presença do Senhor) estava sendo transportado por bois, o que era contra as regras, ela tinha que ser transportada por sacerdotes por meio de varas e não por animais. Acontece que em meio a uma festa no transporte da arca os bois tropeçam e Uzá, muito bem intencionado, segura a Arca e o que acontece é que ele é fulminado pelo seu “ato”.
 
Fico pensando às vezes por que Deus não fulmina políticos corruptos que usam do seu nome santo para se promoverem, falsos pastores que usam a boa fé de pessoas simples para enriquecerem falando sobre Deus, lideres religiosos que promovem guerras e dizem que foi mandado de Deus destruir famílias inteira, povos inteiros, contradizendo as palavras  do próprio Deus quando diz que “Vinha para buscar e salvar o que se havia perdido.”
 
Reflito concluindo que isso não acontece mais por três razões: primeiro nós temos o poder de lutar contra os maus por meio do bem. Como seguidores de Cristo, podemos viver a vida que Deus deseja e por meio da Palavra ir de encontro aos que fazem o mau e manifestar o desejo, reprovação e misericórdia de Deus na vida deles. A segunda razão é que ficou mais do que provado em toda a Bíblia que fulminar pessoas, cair fogo do céu, carruagens de fogo, não são capazes de fazer ninguém amar a Deus, pois ninguém é forçado a amar, a não ser que seja amado primeiro e foi exatamente o que Deus fez por nós em Cristo. E por último se Deus continuasse a fulminar pessoas pelos seus erros eu não estaria escrevendo esse texto, pois certamente já teria sido fulminado.
 
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
terça-feira, 9 de outubro de 2012 0 comments

Então o Senhor perguntou a Caim: “Onde está seu irmão Abel?” Respondeu ele: “Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?”
Gênesis 4.9NVI
 
Os textos bíblicos do relato da criação, queda e dos primeiros homens que habitaram na terra, nos revelam uma coisa interessante sobre o caráter interrogatório de Deus. Sim! O modo como Deus trata de questões que abalaram a terra e o cosmos apenas com perguntas. Observe. Em Gênesis 3.8 Deus pergunta a um Adão escondido: “Onde está você?” quatro versos depois Ele pergunta a mulher: “Que foi que você fez?” quando Caim praticou o primeiro assassinato da terra, Deus faz essa pergunta acima: “Onde está seu irmão Abel?” interessante que um Deus onisciente, que sabe quando uma folha cai no chão, faz perguntas tão fundamentais e ingênuas depois de atos tão difíceis de explicar.
 
Interessante notar também que Deus não faz nenhuma pergunta à Serpente. Deus não tem nenhum trato, nenhuma aliança com a Serpente, mas com o homem e a mulher Ele tem um pacto. Uma aliança, e força os mesmos a confessar suas falhas e seus fracassos, pois os mesmos só poderiam ser restaurados a partir da confissão. Daí a razão das perguntas teoricamente ingênuas. Forçar a falar aquilo que tem abalado a nossa vida.
 
Porém a resposta de Caim revela alguém que não deseja depositar em Deus seus fracassos para ser restaurado pelo Senhor. Caim acabara de matar a seu irmão e responde ao Deus onisciente: “Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?” ao invés de confessar sua inveja e assassinato ele preferiu inutilmente encobri-los diante de Deus e recebeu sua devida punição na alma. Podemos escolher encobrir nossos erros e pecados a Deus ou sermos restaurados a partir de nossos delitos. O salmista no salmo cinquenta e um, verso cinco e seis assim aduz: Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe. Sei que desejas a verdade no íntimo; e no coração me ensinas a sabedoria.
 
Onde está seu irmão Abel? Perguntou Deus a Caim. O que você tem a me confessar hoje? Pergunta o Senhor a todos nós!
 
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quinta-feira, 4 de outubro de 2012 0 comments

O homem é como um sopro; seus dias são como uma sombra passageira.
Salmo 144.4 NVI
 
Você já imaginou o quanto a vida é passageira? Fatos e imagens que estão em nossa mente sob a ilusão de que aconteceram com proximidade, quando analisados cronologicamente verão que já passaram décadas de que aquele fato, aquela imagem se passou. A verdade é que o salmista tem razão o homem é como um sopro que uma vez “soprado” se expande e paira no espaço sem fim com a imagem do que passou só que em forma desvanecente.
 
Uma vez que sou um sopro e que meus dias são apenas uma sombra, deve haver algo de útil nessa vida na Terra que o “hálito” de minha vida sirva para alguma coisa. Uma vez que sou um sopro, uma sombra, minha presença transcende o ambiente e dependendo que como for o resultado de minha presença o ambiente melhora ou piora de acordo com o sopro da minha vida.
 
O texto aborda também em seu significado a questão da finitude. Como o sobro e a sombra se expande nos espaços vazios de maneira rápida e furtiva assim é a minha vida em direção aos espaços infinitos da existência. Portanto, sabendo que a vida passa de maneira tão fugaz, o que levamos na existência é o sopro expandido da minha transcendência por onde eu andar e viver.
 
Assim, desafio você a ser um hálito perfumado por onde andar. Mas lembre-se você tem muito pouco tempo para perfumar o ambiente onde está.
 
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

 

 
segunda-feira, 1 de outubro de 2012 0 comments

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.
I Coríntios 1.18 NVI
 
Tenho a sensação de que seguir a Cristo é um pouco paradoxal. Por um lado você sente que está em um lado bom da vida. A paz que excede todo o entendimento invade você. Mas por outro lado, podemos ver o quando essa mensagem traz consigo um lastro de loucura com relação à contracultura em que vivemos. Sim, porque a mensagem que traz paz ao coração fala de morte, de cruz, (que era um instrumento de execução dos mais cruéis que já existiu); fala da vitória também na ressurreição, mas pense: o maior símbolo do cristianismo não é a tumba vazia, mas sim, uma cruz.
 
Paulo também tem esse pensamento e chega a uma conclusão: essa mensagem da cruz sem dúvida parece loucura, mas é uma loucura para aqueles que perecem nas contraculturas e nas lógicas desse mundo. A mensagem da cruz pode parecer loucura mesmo, mas o que ela produz no interior excede o pensamento lógico desse mundo e assim ele diz: “para nós estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” Para aqueles em que a influência da culpa está sendo vencida por meio de Cristo, e só por meio dele, é o poder que restaura converte e regenera.
 
Portanto, sempre a mensagem da cruz sempre será loucura nessa contracultura que vivemos. Porém para aqueles que decidem viver essa “loucura” mais sábia que já existiu, o poder de Deus o toma de tal maneira que a liberdade tem ai o seu triunfo final. Vivencie o poder de Deus em sua vida!
 
Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quinta-feira, 27 de setembro de 2012 0 comments

Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém.
Salmo 3.7 NVI
 
Você já parou para pensar no milagre que é dormir e acordar todos os dias? Pense bem! Você está cansado e começa a dormir e enquanto você dorme, o tempo passa e o seu corpo está no mais absoluto repouso, recarregando as energias, e em certo momento você, como em uma ressurreição do corpo, retorna a vida e consciência do tempo. Para você o tempo não passou, mas o fato é que muita coisa aconteceu no mundo enquanto você dormia.
 
O salmista também aborda essa questão interessante e associa a sustentabilidade de Deus em fazer esse milagre todos os dias. Ele se deita, dorme e acorda, mas é o próprio Senhor quem faz todo esse processo acontecer. E enquanto o corpo é descansado o tempo passa despercebido. Mas, na verdade, o preparo de Deus é sentido, pois quando acordo novas possibilidades surgem diante de mim, possibilidades que não busquei, mas que com o corpo restaurado pelo sono elas se tornaram possíveis.
 
É muito bom saber que podemos, enquanto dormimos, termos um Deus que nos sustém. E é melhor ainda ter a certeza de saber que mesmo se não acordarmos mais nesse mundo estaremos em sua presença plena.
 
Pr. Alonso Júnior
Primeira igreja Batista em Travessão da Barra
 
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