quarta-feira, 10 de abril de 2013 0 comments

“há ... tempo de derrubar e tempo de construir...” Eclesiastes 3.1-3NVI


No livro do Eclesiastes, existem muitas sentenças que nos fazem refletir. Refletir sobre a vida e o sentido do viver humano. No capítulo três encontra-se um texto no qual chamo de “hino ao tempo”. Fala de nossa “odisseia” nesse mundo e o curso do tempo orientando nossas ações. E então, no verso três encontra-se essa preciosidade: “Há... tempo de derrubar e tempo de construir...”. Podemos usar nossa mente e coração e viajar nas ondas desse profundíssimo verso. O que podemos construir? E o que podemos derrubar? Qual o momento certo para construir? E qual o momento certo para derrubar?

Diante de tantas perguntas, devemos delimitar o que derrubar e o que construir. Não desejo com essa breve reflexão, escrever sobre as façanhas da engenharia civil, mas sim, o que, ou quais conceitos e construções no curso da minha existência, construções essas que foram feitas pela minha história de vida, cultura e desenvolvimento, que um dia devem ser derrubado para a construção de novos conceitos e novas perspectivas de vida. Infelizmente, muitas pessoas no curso da vida, perdem o momento de derrubar conceitos obsoletos para se refazerem em seus horizontes construindo edificações novas e oxigenadas na mente. Desejam ficar em seu “mundinho” velho e decadente do que vivenciar o novo de Deus em seu coração.

O momento certo de se construir é quando entendo que devo crescer em minha caminhada junto a Deus nesse mundo. Quando isso acontece, começo a perceber o que de espaço deve ser retirado no terreno do meu coração e então chega ao momento de derrubar. Derrubar os velhos conceitos e deixar o Grande Construtor fazer a sua Obra preenchendo os espaços vazios com construções lindas e eternas. Interessante... talvez não seja sem razão que a ação de Deus se chame Obra...

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra  
terça-feira, 9 de abril de 2013 0 comments

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia.
II Coríntios 4.16NVI


Ninguém resiste ao teste do tempo. Que grande lição de vida aprendemos com o tempo. Nascemos, crescemos, mas, inevitavelmente, envelhecemos. A outra opção seria a morte, mas mesmo assim preferimos envelhecer. Uma pergunta fica em minha mente: o que é envelhecer? Não estou passando pela “crise da meia idade”, mas essa pergunta nos mostra que a grande compreensão da vida é entender que o homem tem dois lados: o de dentro e o de fora. O lado de fora é o que se mostra. As rugas, as ansiedades, as olheiras revelam mundos que ecoam aquilo que não se mostra que é o nosso interior.

Paulo tinha entendimento dessa impressão externa do nosso comportamento interno. No entanto, ele compreendia que o nosso interior só pode ser renovado que buscarmos as coisas certas para o rejuvenescimento da interioridade: a eternidade no coração. Quem pensa na eternidade não se desgasta com as coisas temporais e passageiras, quem põe sua segurança naquilo que é eterno não fica envelhecendo naquilo que é temporal. Nossa própria natureza tende a esse mundo, mas em nossa interioridade podemos rejuvenescer buscando as coisas eternas.

Desejo desafiar você a se rejuvenescer interiormente. Se isso acontecer nossas marcas do tempo não mais denunciarão nossos pesares, mas serão apenas testemunhas de nossa experiência de vida.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
    
quarta-feira, 3 de abril de 2013 0 comments

Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz atrás de você lhe dirá: “Este é o caminho; siga-o.” Isaías 30.21NVI


Qual é o caminho a seguir? Essa é uma das maiores dúvidas que o ser humano enfrenta em sua vida. Nessa “guerra” interior existem duas frentes a razão e a sensibilidade. E o homem permanece sempre nessa tensão entre a razão e as suas inclinações sensíveis. “Ouça o seu coração!” Dizem uns. “Devemos cumprir os nossos deveres!” Dizem outros. E nisso nossa vida vai seguindo o seu curso sempre com essa angústia das possibilidades que nos apresenta. Seguirei meu coração? Mas, e se meu coração estiver enganado? Cumprirei a voz do dever? Mas a vida é somente um cumprimento de deveres?

A melhor solução para todos esses desafios que a vida nos apresenta é buscar aquilo que traz paz e alegria. A paz e alegria é o que todo o ser humano deseja. É essa a equação da felicidade. E a felicidade pode estar em cumprir os deveres que a vida nos impõe e também viver sob os ditames do coração. Com paz e alegria eu encontro forças para enfrentar qualquer situação da vida. O problema é como posso ter paz e alegria? Buscando a Deus por meio de minha interioridade. Lembro-me do texto das Escrituras na parábola do filho pródigo que Jesus contou. O filho só volta para o Pai quando “caiu em si”. Só lembramos Deus quando olhamos para dentro de nós mesmos. Talvez seja por isso que fechamos os olhos quando oramos...

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

terça-feira, 2 de abril de 2013 0 comments

Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou.
João 15.18 NVI



O que nos faz amar alguém? Será que são as afinidades? Será que são as conveniências? Ou será que é simplesmente o coração estar aberto para amar? Fico observando os comentários das pessoas sobre os cristãos. Comentários muitas vezes que são um destilar de ódio e intolerância, mas que, no seu conteúdo, se mostram criticando justamente essa suposta postura cristã. Dizem eles: “Os cristãos são fundamentalistas e intolerantes!”, “Os cristãos vivem em seus mundinhos de ódio e intolerância!” E com isso se esquecem de que nós vemos nos outros é aquilo que temos em nós mesmos. O que vejo muitas vezes é um discurso de ódio e intolerância que critica o suposto ódio e intolerância dos cristãos.

Todos os anos as pessoas lembram-se da crucificação do Senhor fazendo encenações e lembrando essa injustiça. Injustiça que fora cometida por aqueles que hoje se arvoram como defensores da paz e da tolerância. Defensores dos direitos individuais, mas que, ao mesmo tempo, desejam que a liberdade cristã seja tolhida para que suas próprias liberdades sejam estabelecidas. Isso não é verdadeira liberdade individual; essa é a verdadeira hipocrisia que tanto cobram dos cristãos.

Nosso Senhor sabia como se caracterizam os poderes humanos e nunca acreditou neles. Sabia que os verdadeiros hipócritas que destilam ódio e intolerância, o fazem para implantar sua própria ditadura e seus próprios entendimentos de “conceber” o mundo. Não são capazes de amar e respeitar simplesmente, mas desejam impor seus próprios valores odiando sempre. Fizeram isso com Cristo e fazem hoje com os cristãos. Devemos estar atentos a quem verdadeiramente não respeita as liberdades individuais.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
segunda-feira, 1 de abril de 2013 0 comments



Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.
II Coríntios 4.18 NVI


Somos muito influenciados pelo poder da imagem. Aliás, gosto muito de estudar o tema da imagem e o impacto que ela pode causar em nossa vida. Olhamos as marcas das grandes corporações e só em vê-las identificamos de que se trata. Valemos sempre da mesma máxima: “O que os olhos não veem o coração não sente.” Mas, será que isso tem um valor real ou apenas um valor relativo? A experiência com Deus, por exemplo, não se vê, porém se sente. E sente de tal maneira que somos levados não pela imagem exterior, mas por uma imagem interior que nos conduz a desejar estar onde Deus está.  

O apóstolo Paulo tratou desse tema da imagem e do impacto que ela causa em nosso coração, mas, ao mesmo tempo, lembra daquilo que não se pode ver, porém é real. Certamente ele conhecia os grandes desfiles militares do Império Romano e da grande influencia que as imagens do poder terreno exerciam sobre a vida das pessoas. Ainda hoje somos influenciados pelos poderes desse mundo que nos parecem muitas vezes indestrutíveis aos nossos olhos. Como Golias, fazendo citação ao duelo com Davi, se apresenta como algo que jamais poderemos vencer.

Mas o que não se vê é eterno, o que não se vê atua no interior. Os poderes desse mundo vão se dissolvendo com o tempo. Tanto o grande Império Romano se dissolveu como Golias foi destruído porque aquilo que não se vê os destruiu. Podemos valer da máxima de que “O essencial é invisível aos olhos.” Não podemos fixar nossa mente e nosso coração apenas naquilo que se vê; no poder que a imagem nos toca, no fruto do conhecimento do bem e do mal que nos enfeitiça. Mas temos de estar atentos à quilo que não se pode ver que são as coisas eternas que dominam todo o Universo e que fala ao meu e ao seu coração.


Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
quarta-feira, 27 de março de 2013 0 comments

O preguiçoso não ara a terra na estação própria; mas na época da colheita procura, e não acha nada. Provérbios 20.4 NVI


Tenho visto muitas pessoas infelizes com a vida. Gente que perdeu tempo investindo em coisas vãs ou por pura preguiça não investindo nas coisas certas durante o curso de sua juventude e que agora, vivem com a sombra do complexo, da sensação de que o tempo passou e nada foi feito. Fico triste com isso, mas chego à conclusão de que por mais que seja difícil dizer isso, o grande culpado não são as pessoas que estão ao redor mas é a própria pessoa que assim decidiu não crescer no tempo certo e agora colhe maus frutos.

A vida é uma grande plantação e duas coisas são importantes nessa afirmação: nunca deixaremos de plantar e no tempo certo começaremos a colher e então entraremos em um ciclo de nunca deixar de plantar e nunca deixar de colher. Assim é feita a realização pessoal: sempre plantar e sempre colher. Quando deixo de plantar o que acontece é que deixo vago um período em que poderia já estar colhendo aquilo que plantei e nisso sinto um vazio na realização pessoal e o ressentimento de ver outros colhendo o que plantaram e eu não.

Desejo desafiar você a começar a plantar coisas certas em sua vida. O sentimento de realização nos faz sentir útil nesse mundo e retira de nós todos os complexos de inferioridade, todos os ressentimentos inúteis e toda a sensação de que o tempo está passando e nada está acontecendo em sua vida. Mas preste bem atenção: Não basta apenas plantar, peça a Deus sabedoria para plantar as coisas certas.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

terça-feira, 26 de março de 2013 0 comments

Vendo a coragem de Pedro e de João, e percebendo que eram homens comuns e sem instrução, ficaram admirados e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. Atos 4.13 NVI


Fico observando a experiência religiosa de muitas pessoas. Quando lhes pergunto sobre como se deu o seu processo de conversão e depois disso como se tornou a sua vida, confesso que fico muito feliz quando ouço respostas do tipo: “Tenho enfrentado muitas lutas, mas Deus tem me sustentado muito!” Quando ouço frases desse tipo não tenho dúvidas: trata-se de uma pessoa que verdadeiramente teve um encontro com Jesus. Na verdade, tenho medo das frases: “Agora minha vida é só alegria! Viver com Jesus é só vitória!” muitas vezes, apesar de tentar comunicar a paz que sente por estar reconciliado com Deus, frases como essa podem ser também meros autoconvencimentos de algo que aconteceu depois que essa pessoa passou a frequentar determinado grupo e deseja convencer-se a si mesmo dizendo isso.

O texto bíblico mostra os resultados de uma verdadeira conversão. E ela começa do interior para o exterior não é resultado de fundamentações eruditas e intelectuais, pois Pedro e João eram homens iletrados e comuns sem instrução acadêmica alguma, mas que, no entanto, “haviam estado com Jesus”. E isso fazia toda a diferença na vida deles; Coragem para enfrentar os ditos sábios, mas que, no entanto, não podiam confrontar com algo que suplantava toda e qualquer construção racional da existência: a mudança interior e consequentemente a coragem para enfrentar todos e quaisquer desafio que a vida lhes impunha.

O caráter da verdadeira conversão a Cristo, da verdadeira experiência de haver estado com Jesus, é a coragem para enfrentar os desafios que a vida nos cerca, e não uma vida sem desafios e dificuldades; é a paz de enfrentá-los, não a covardia de fugir deles.

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra
 
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