quarta-feira, 11 de julho de 2012
Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. II Pedro 1. 5-7 NVI


No caminho da existência, nós passamos por situações que muitas vezes não entendemos o porquê de tais coisas acontecerem e isso faz com que questionemos a nossa fé ou até mesmo da existência de Deus. Será que Deus existe mesmo? Perguntamos em nossa interioridade dado os problemas e dificuldades que surgem diante de nós. Outros fazem a pergunta: será que vale a pena amar e servir a esse Deus? Uma vez que tudo o que acomete a mim também acomete ao outro que muitas vezes é alguém bem menos piedoso que eu.

Interessante notar que o texto acima nos mostra que acrescentada à nossa fé em Cristo, devem ser inseridas qualidades fundamentais no viver diário com o intuito de nos tornar fortes e maduros na caminhada espiritual. São elas: virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor. Interessante também que uma acrescenta à outra, e todas nos fazem mais maduros e fortes no relacionamento com Deus e com as pessoas.

A virtude é a porta de entrada do crescimento. É o desejo profundo e sobrenatural da busca em conhecer o Senhor e de se relacionar com Ele. Uma vez conhecendo e me relacionando com Ele, terei domínio próprio diante das circunstâncias da vida, pois tenho conhecimento de quem é o Senhor e o que Ele espera de mim. Assim, sou levado a perseverar, santificar e desenvolver um relacionamento fraterno com os outros com base no amor de Deus, derramado sobre minha vida e através da minha vida.

Na jornada espiritual, não caminhamos sozinhos. Não é uma jornada solitária. É uma jornada que o outro se torna fundamental no meu crescimento, de modo que eu só cresço em maturidade se essa maturidade se der na prática do relacionamento com Deus e com o próximo. Meu crescimento só é demonstrado se tenho essas qualidades. Se for fruto de maturidade com Deus e com as pessoas ao meu redor, fazendo que os dois maiores mandamentos de tornem claros para mim: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo” Assim, a pergunta crucial não é Por quê Deus fez isso comigo? Mas sim, O que Deus quer me ensinar ou em que estágio de meu crescimento estou para Deus me ensinar isso?

Naturalmente, não teremos os nossos “por quês” respondidos no caminho da existência. No entanto, com essas qualidades fundamentais enfrentaremos com serenidade as circunstâncias que surgem diante, não por que Deus me deu todas as explicações, mas por que aprendi a amar e servir com todo o coração ao Deus inexplicável!

Pr. Alonso Júnior
Primeira Igreja Batista em Travessão da Barra

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